<div dir="ltr"><a href="mailto:brasil%40lists.osgeo.org?Subject=%5BOSGeo-Brasil%5D%20Foss4g%202010&amp;In-Reply-To=cc898e630810191018vd45df90l4d7e9c3805a63f86%40mail.gmail.com" title="[OSGeo-Brasil] Foss4g 2010"></a><pre>Olá Helton,<br>
<br>De fato você tem razão em muitos pontos, quando sugeri por exemplo o Rio de janeiro pensei na sua empresa que tem sede lá, na hora de escrever me deu o branco e acabei não citando, mas com certeza as empresas, incluindo a sua tem um papel crucial no evento, acho por exemplo que a Petrobrás, embora seja mista, poderia ter um papel fundamental.<br>
Acho que deve ser um lugar com atrativos turísticos e com a facilidade que você citou. Não vejo São Paulo com todo esse potencial de atratividade, o Rio me parece ser uma cidade em que os desenvolvedores teriam vontade de vir.<br>
As coisas que atraem as pessoas são poder ver seus pares (desenvolvedores) e ter um bom local para visitar. Acho que o Rio é ideal, porta de entrada para o resto do Brasil.<br>Esse ano foi o primeiro a ter uma trilha acadêmica, acredito ser um avanço do evento e não creio que terá volta. Não foi a única trilha mas teve grande participação. Tinham 7 salas durante 3 dias, sendo que 2 eram laboratórios e o restante dividido entre trilha geral (com casos) e trilha acadêmica.<br>
Uma coisa que eu acho boa da trilha acadêmica é que ela permite que algumas pessoas que não poderiam participar pelo fator custo possam ter acesso ao evento, eu sou um exemplo. Meu orientador bancou minha passagem e acredito que muitas universidades bancam a participação de seus alunos que apresentam trabalhos.<br>
Na minha opinião ter uma trilha acadêmica não impede de forma nenhuma ter enfoque no mercado.<br>Concordo com você quanto a lentidão no apoio do setor público. Todavia acho que, o modelo do evento da África do Sul pode ser copiado, eles se uniram a academia e deu certo. Citei o Inpe pois o mesmo já é patrocinador da Osgeo e acho que pode ser um grande aliado, mas podemos começar pelas empresas, é algo a ser discutido.<br>
Minha intenção ao vir do evento era de gerar uma discussão em torno da possibilidade de trazer o evento pra cá. Acredito que o nosso país se beneficiaria sobremaneira com essa conferência. Queria saber a opinião da comunidade e me dispor a colaborar no que for possível se a comunidade acredita na viabilidade do evento, caso não seja do interesse da comunidade ou seja inviável papo encerrado.<br>
Houve sim uma proposta para trazer o evento desse ano para o Brasil, não sei como aconteceu a organização dessa proposta do Rafael Sperb, mas sei dizer que foi bem vista por eles e o Frank Warmerdam falou que perdeu por um voto para a Cidade do Cabo, talvez tenha faltado um pouco mais de envolvimento da comunidade, o que pode ser sanado com uma possível proposta que envolva mais a comunidade.<br>
Resumindo, o evento acontece se a comunidade quiser que aconteça para isso precisamos de mais ação como você falou, agir como comunidade. Acredito que é possível unir o mercado e a academia no mesmo evento tendo patrocínio e apoio dos dois lados. Acho que a cidade ideal para o evento seria o Rio por inúmeras razões já citadas e não citadas. Mesmo com muitos compromissos como todos nesta lista irei ajudar como puder. Meu objetivo de fomentar a discussão creio que está sendo alcançado, e dar um ânimo a essa lista que anda muito parada.<br>
Grande abraço a todos.<br><br>Felipe<br><br><br><br><br><br><br>Caros colegas da comunidade,<br><br>Tenho acompanhado a discussão e farei uma intervenção no sentido de<br>esclarecer alguns fatos que considero relevantes para os futuros eventos de<br>
software livre para geotecnologias.<br><br>1. Quando pensamos em fazer um evento envolvendo uma estrutura grande o<br>suficiente para atender profissionais que virão de fora do país, devemos<br>pensar primeiramente na cidade, analisando infra-estrutura da mesma e<br>
facilidade de acesso, como, por exemplo, possibilidade de vôos diretos para<br>Europa e EUA. No meu ponto de vista (que não é apoiado por todos do OSGeo<br>Brasil), o evento deveria ser pensado inicialmente no eixo Rio - São Paulo<br>
para facilitar o acesso de todo o Brasil e de fora tb, visando tb facilitar<br>a abertura de portas para participação de empresas interessadas em<br>patrocinar o evento.<br><br>2. O enfoque do evento precisa ficar claro, pois isto irá definir a<br>
participação de patrocinadores. Sabemos que o evento será técnico, mas ainda<br>falta definir se terá um enfoque acadêmico (apresentação de trabalhos<br>acadêmicos) ou enfoque de mercado (apresentação de casos de sucesso). Evento<br>
acadêmico não interessa às empresas. Desta forma, o sucesso do plano de<br>captação depende da definição clara que o evento irá focar casos de sucesso.<br>Um bom exemplo de um evento especialista de software livre é o PGCon. Com um<br>
enfoque em casos de sucesso, o evento teve vários patrocinadores, sendo que<br>os dois maiores (maiores cotas) foram a OpenGEO e a Dextra. A expansão da<br>comunidade depende da expansão do mercado, pois quanto mais empregos na<br>
área, maior será a pressão para atualização do meio acadêmico &quot;forçando&quot; que<br>os professores deixem de formar &quot;apertadores de botões&quot; de software<br>proprietários e passem a ensinar os alunos a projetar soluções em padrões<br>
abertos e software livre. Para quem não sabe, a participação da Autodesk<br>como patrocinadora no último evento do encontro dos usuários do mapserver<br>somente foi possível pelo bom relacionamento comercial entre a OpenGEO e a<br>
Autodesk. Eu mesmo fiquei encarregado de conversar com a Autodesk e buscar o<br>apoio e, logo de cara, já informei que a OpenGEO iria apoiar o evento pois<br>haveria a apresentação de casos de sucesso. A participação da OpenGEO ajudou<br>
na minha conversa para garantir a participação da Autodesk.<br><br>3. Acredito que alguns pontos colocados com relação por onde a organização<br>do evento deva ser iniciada estão equivocados. Não vejo qualquer benefício<br>
em buscar a junção da linha dos eventos de foss gis com Geoinfo ou qualquer<br>outro evento acadêmico já existente no Brasil. Os eventos de software livre<br>estão crescendo e tendendo a criação de grandes blocos especialistas e nós<br>
já somos um bloco especilista de software livre. Outro equívoco seria<br>planejar um evento a médio prazo (2 anos de antecedência) e depender de<br>alguma insitutição pública para que o evento ocorra. Todas as instituições<br>
públicas possuim dependências políticas que, na grande maioria, são mais<br>fortes que os interesses técnicos. Para que o evento possa ter sustentação<br>financeira, devemos ter um bom plano de captação para as empresas<br>
patrocinadores; se os órgão públicos apoaiarem, será algo a mais.<br><br>4. É importante destacar também que o comitê de organização e o comitê<br>técnico sejam pessoas realmente alinhadas com os objetivos do evento. As<br>
palestras que serão apresentadas devem ser bem selecionadas. Este é mais um<br>motivo que descarta qualquer possibilidade de integração com outros eventos<br>fora a área de foss gis. Dos eventos em que estive participando direta ou<br>
indiretamente da seleção dos trabalhos, eu, muitas vezes, convidava as<br>pessoas que possuíam grandes projetos para participarem. As vezes, os<br>trabalhos submetidos faziam um bom &quot;marketing&quot; sobre o mesmo, mas, como<br>
tenho informações sobre os projetos que realmente são referência no mercado,<br>eu conseguia descobrir que na realidade o projeto não tinha alcançado os<br>objetivos descritos. O moral da história é que a formação dos comitês é<br>
essencial para o sucesso do evento e a seleção deve ser bem criteriosa.<br><br>5. Durante este ano, estive em contato com comitês organizadores de diversos<br>eventos para entender como os eventos de software livre estão evoluindo.<br>
Existe uma unanimidade entre os organizadores de o apoio das empresas é<br>fundamental para o crescimento dos eventos e que a presença de casos de<br>sucesso atrai novos usuários e tb melhora a possibilidade de captação de<br>
recursos. Esta é a linha que defendo.<br><br>6. Desde o ano passado, tenho tido diversas reuniões com empresas que são<br>parceiras comerciais da empresa OpenGEO. Entre os assuntos, tendo convecido<br>os diretores destas empresas a colaborarem com os eventos que a OpenGEO irá<br>
apoiar/organizar. A minha intenção é montar um evento para 400 pessoas num<br>hotel no Rio com toda infra-estrutura de um grande evento, incluindo<br>tradução simultânea para os participantes estrangeiros. Eu ainda não<br>
consegui fechar todos os detalhes, pois é um evento caro e que me toma muito<br>tempo de planejamento. Mas a minha política é: ou faz bem feito, ou não faz,<br>pois não podemos prejudicar a imagem do software livre. Sem conseguirmos uma<br>
mobilização para fazer um evento de grande porte no Brasil, acho muito<br>prematuro pensar em trazer o FOSS4G.<br><br>7. Acredito que as pessoas ligadas ao meio acadêmico deveriam estar<br>incentivando eventos locais (na própria universidade) para ampliação da<br>
comunidade de software livre e, principalmente, para alinhar a formação<br>acadêmica com as demandas do mercado. Caso contrário, continuaremos tendo<br>engenheiros cartógrafos, geógrafos, etc ganhando muito mal, pois não sabem<br>
projetar, apenas &quot;apertar botões&quot; de softwares proprietários. Com o baixo<br>nível da formação acadêmica no segmento de geotenoclogias no Brasil, eu<br>desconsidero comentários do tipo: &quot;trocar uma Ferrari por um Fiat Uno<br>
tunado&quot;. Estes profissionais, se conseguirem emprego, não ganharão mais de<br>1.000 reais no mercado privado.<br><br>8. Não posso dizer que realmente houve uma &quot;tentativa&quot; anterior de trazer o<br>FOSS4G, pois não foi produzido (ou eu não vi) nenhum documento com o<br>
planejamento físico-financeiro. Não conseguimos nem mesmo chegar a um<br>consenso sobre o local. A proposta do Rafael Sperb foi Floripa, mas eu não<br>concordei com isso, pois mais uma vez estávamos pensando de forma limitada.<br>
Ao meu ver, o evento precisa iniciar no eixo Rio-Sampa, pois até mesmo o<br>Geobrasil que iniciou no sul migrou para SP. O evento não pode ter um<br>enfoque acadêmico. Para eventos acadêmicos, cada universidade pode fazer o<br>
seu de forma independente pois os custos são baixo.<br><br>Acredito que a discussão é imporante e que as idéias devam ser apresentadas.<br>Porém, enquanto não definirmos uma linha de ação clara e montarmos um<br>projeto bem estruturado para recebermos o FOSS4G tudo não passa de<br>
discussão, ou seja, nunca teremos resultados.<br><br>No Latinoware, pretendo apresentar e discutir as propostas em relação ao<br>planejamento estratégico para os próximos eventos do OSGeo Brasil. Neste<br>momento, é importante que cada um diga como pode pretende ajudar sem contar<br>
com &quot;apoios externos&quot; que são incertos.<br><br>[]s Uchoa<br></pre><br clear="all"><br>-- <br>Bendirei o senhor em todo o tempo,<br>Na minha boca sempre o seu louvor<br>Sl 34 (33),1–16<br>
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