Re: [Portugal] O consumo de produtos proibidos dá isto...

Victor Ferreira victor.mota.ferreira gmail.com
Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2012 - 18:03:13 EST


Sim senhores, poesia pura!
O escritor se por ventura um dia destes deixar de andar pelos SIG terá
carreira garantida na poesia...
estou com os olhos enevoados de tanta emoção
Victor

2012/1/31 paolo conte <paolo.counter  gmail.com>

>
> Dos Mistérios da Vida e do EUE
>
> Tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de o
> convívio, o mais sério, genuíno e verdadeiro convívio, exaltar e
> exponenciar de forma tão absolutamente extraordinária quanto tão sempre
> absolutamente surpreendente, as mais nobres, mais excelsas e singulares
> virtudes individuais.
>
> Não, não tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de
> o convívio exaltar e exponenciar de forma tão sempre absolutamente
> extraordinária quanto absolutamente surpreendente, as mais nobres, mais
> excelsas e singulares virtudes individuais, por qualquer atávica fé no mito
> do suposto Bom Selvagem mas por se me afigurar todo o homem deter, à
> partida e por princípio, todas aquelas qualidades, faculdades e
> capacidades, necessárias a um, dir-se-ia, perfeito desenvolvimento
> autónomo, como se dispensável, de facto, fora todo o convívio. E no
> entanto, no isolamento, no absoluto afastamento ou total solipsismo, o
> homem definha, evanesce e morre ou, pura e simplesmente, enlouquece _ que
> tanto pode ser uma forma translata de suicídio quanto de efectiva morte
> para a realidade. Um mistério!
>
> Tudo isto vem, naturalmente, a propósito do nosso Encontro de
> Utilizadores.
>
> Bem sabemos, como desde os mais recuados e bíblicos dias é sabido, não ser
> bom ao homem estar só. Sabemo-lo, com certeza, mas cousa muito distinta é
> sabermo-lo de modo intelectual, se assim nos é lícito expressarmos, e
> sabermo-lo por experiência própria, vívida e visceralmente, se assim o
> podemos afirmar também. E não há, de facto, como um EUE, o sempre tão nosso
> e tão esperado anual Encontro de Utilizadores, para vívida, visceral e tal
> o experienciarmos em toda a sua beleza, em toda sua grandeza, em todo o seu
> esplendor.
>
> Um mistério. Um mistério da vida e do EUE _ e tanto mais quanto, de um
> ponto de vista puramente intelectual, tanto por horror natural quanto pelo
> conhecimento da Psicologia das Multidões, confirmado nos estudos de um
> Gustave Le Bon, entre outros, tudo nos levaria a conclusões opostas, ou
> seja, tudo levaria a crer as multidões que sempre se constituem no EUE,
> porque de verdadeiras multidões, em sentido puramente quantitativo, sempre
> se trata, à crescente acefalia, à definhante e triste homogeneidade e ao
> puro, patético e vazio psitacismo, todos conduzirem e amalgamarem. E no
> entanto, não obstante tudo quanto da Psicologia das Multidões se diz poder
> estar certo, e muito estará certo, com toda a certeza, sempre no EUE o
> inverso se verifica.
>
> Sim, no EUE, no nosso EUE, por mais amplo e vasto que seja o número dos
> presentes, e mais de mil e trezentas cabeças, como em 2011, de uma
> apreciável multidão já é passível afirmar, em rigor, nunca jamais em
> momento algum de uma verdadeira multidão será legítimo falar porque, em
> verdade e absoluto rigor, em momento algum, alguém perde, esquece ou vê
> diminuído o mais alto sentido da individualidade. Bem pelo contrário. Em
> cada momento, em todos os momentos, o que se vê é o brilho nos olhos,
> espelho da alma, de ligação ao mais alto, ao que mais importa, como se nada
> mais houvesse senão puro desafio de permanente busca de mais luz e aquele
> fundo conhecimento da realidade que os Sistemas de Informação Geográfica
> sempre concedem e permitem, num frémito de puro deleite intelectual,
> absolutamente singular, absolutamente único e perfeitamente individualizado.
>
> Sim, tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de o
> convívio, o convívio no EUE, exaltar e exponenciar de forma sempre tão
> absolutamente extraordinária quanto tão absolutamente surpreendente, as
> mais nobres, mais excelsas e singulares virtudes individuais de cada um no
> desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográfica.
>
> Eu não poderia dar-me ao luxo de faltar ao EUE sob pena de esmorecer,
> definhar e mais rápido evanescer, sobretudo num ano em que se celebram os
> 25 anos da Esri Portugal e se comemora o 10º EUE. Mas também de nada me
> valeria ou valerá a pena lá estar, se todos lá não encontrar também, se
> todos não soubesse ou antecipasse lá encontrar também porque este mistério
> único da vida e do EUE, por todos é sentido e partilhado igualmente, de
> acordo com a individualidade própria de cada um.
> _______________________________________________
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