[QGIS-pt] Declives de caminhos rurais

Alexandre Neto senhor.neto at gmail.com
Wed Dec 7 13:38:49 PST 2016


Boa noire Joana e António,

Parece-me que o tópico se desviou ligeiramente da questão inicial e do
âmbito desta lista. Por essa razão pedia-vos que a fizessem por mensagens
directas, sem recurso à mailing list, para não se encher a caixa de emails
dos restantes membros.

Obrigado,

Alexandre Neto

A qua, 7/12/2016, 21:21, Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:

> Caro Antonio
> Muito obrigada pela extensão, contudo o meu colega já tinha criado a
> shapefile de pontos utilizando outra extensão que ele já tinha.
> Construimos o raster de elevação que todos os meus colegas consideraram de
> muito boa qualidade, e determinámos os declives.
> No entanto aconteceu algo que não conseguimos perceber, e estivemos toda a
> tarde a tentar resolver a questão, mas sem resultado. O problema é que os
> declives atingem valores muito altos (600, 700), sem correspondência com o
> raster. Será que fizemos alguma coisa mal feita? Se quiser, podemos mandar
> a shapefile com estes valores.
> Ficamos a aguardar o seu contacto (amanhã estarei disponível para trocar
> impressões consigo).
> Joana
>
> No dia 7 de dezembro de 2016 às 11:46, Antonio Sobral Almeida <
> sobral.almeida  gmail.com> escreveu:
>
> Bom dia, Joana,
>
> 1 - discrepância de resultados: provávelmente a Joana calculou (à mão) os
> declives seccionando os caminhos pelas curvas de nível, e calculando o
> declive de cada um destes segmentos;  tambem a sua GRID poderá ter sido
> calculada pelo método IDW, método este que "suaviza" a variação brusca de
> declives; isto tudo conjugado dará a diferença que encontrou nos declives
> máximos; como se diz no manual, dever-se-á sempre recorrer a uma carta
> topográfica fidedigna (Cartas Militares, por exemplo) para verificar os
> declives máximos, sobretudo os de maior valor;
>
> 2 - infelizmente a ESRI fechou o site dos scripts da ArcView! No entanto,
> o seu colega pode usar um qualquer processo para criar uma shape de pontos,
> espaçados de uma determinada distância; convém que fiquem, na tabela de
> atributos, as cotas das isolinhas que deram origem aos pontos; em anexo
> segue o ficheiro zipado da extensão Mileage Maker.
>
> Qualquer dúvida não hesite em contactar.
>
> Cumprimentos,
> António Almeida
>
> 2016-12-06 18:28 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>:
>
> Caro António
> Muito, muito obrigada pela sua ajuda! Tenho um colega senior que ainda
> trabalha com o Arcvieiw 3.2, onde a sua extensão foi montada, e fizémos um
> ficheiro polylineZ baseado numa grid de elevação de 30 metros, e depois
> criamos a polilineM, e calculámos os declives, seguindo o manual. Em
> seguida calculámos à mão os declives de alguns caminhos curtos, e vimos que
> os declives médios são praticamente iguais aos calculados pela extensão,
> apenas nalguns declives máximos aparecem diferenças de 8 ou 9% em relação
> ao calculado a mão! As coordenadas dos declives máximos dão muito jeito
> para localizar estes pontos, que é muito importante para o meu trabalho de
> mestrado.
> O meu colega diz que não consegue encontrar o site da esri onde devem
> estar as extensões, porque ele diz que gostava de criar uma grid de 10
> metros a partir das curvas de nível, mas não tem a extensão milege maker.
> Mais uma vez muito obrigada pela sua preciosa ajuda!
> Joana
>
> No dia 6 de dezembro de 2016 às 11:19, Antonio Sobral Almeida <
> sobral.almeida  gmail.com> escreveu:
>
> Bom dia, Joana,
>
> Há uns dez anos atrás, deparei-me com um problema em tudo idêntico ao seu:
> tinha uns centos de quilómetros de estradas florestais em terra batida,
> pela serra afora, e, para além de outras características, era necessário
> determinar, com muita aproximação, os declives longitudinais, que, por sua
> vez, iriam determinar os tipos de viaturas de bombeiros que podiam passar
> nesses caminhos, para acederem, o mais rápidamente possível, a um
> determinado local para combate directo ao fogo.
>
> Fartei-me tambem de procurar por algo mais ou menos robótico para
> determinar declives, mas depressa concluí que tinha que meter mãos à obra,
> e organizar uma extensão que fizesse esse trabalho.
>
> De uma extensão muito simples, foi evoluindo, e hoje vai na versão 5.8,
> que pode descarregar do link abaixo, juntamente com as respectivas
> instruções, e faz aquilo que você pretende.
>
> Caso surja alguma dúvida, não hesite em contactar por este site, para
> trocarmos experiências e ideias sobre este assunto.
>
> https://www.dropbox.com/s/qjl5trztjrcm3c7/declives_caminhos_5_8.zip?dl=0
>
> Boa sorte
> António Almeida
>
> 2016-12-02 19:19 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>:
>
> Obrigada Nelson, dei uma vista de olhos, mas o meu problema é simples:
> falta de tempo (tenho poucas semanas para apresentar o trabalho com que me
> comprometi julgando, talvez ingénuamente, que esta questão dos declives de
> caminhos já estaria mais que resolvida), 2600 km de caminhos divididos em 4
> mil e tal troços!
> Sem uma qualquer ferramente que me automatize completamente esta tarefa,
> não me safo!
> Joana
>
> No dia 2 de dezembro de 2016 às 06:45, Nelson Silva <nelson.jgs  gmail.com>
> escreveu:
>
> Olá Joana,
>
> Deparei-me com o post abaixo. Vi só na diagonal, mas parece que aborda
> aquilo que pretende.
>
>
> http://themagiscian.com/2016/11/28/dem-slope-calculations-bicycle-routing-postgis/
>
>
> Espero que ajude alguma coisa.
>
>
> Bom trabalho
>
> Nelson silva
>
> Enviado do meu iPhone
>
> No dia 01/12/2016, às 23:14, Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>
> escreveu:
>
> Caríssimos,
>
> Depois de muito navegar pela Internet, de ter lido com a máxima atenção os
> vossos posts, concluo (por agora) que:
>
> 1 - calcular declives de caminhos tem mesmo muito que se lhe diga
> (conforme diz Alexandre);
> 2 - o MDT (ou melhor, a sua qualidade) tem um papel fulcral neste
> processo; utilizar um raster de declives (slope grid) é mesmo para esquecer!
> 3- ainda não consegui atinar com o processo sugerido por André; mas o meu
> problema continua a ser o de ter 2600 km, distribuídos por 4763 troços, é
> uma missão (quase) impossível! Só mesmo um processo automatizado consegue
> dar conta do recado.
>
> Continuarei a procurar activamente pela Internet, e fico (ansiosamente) à
> espera de uma boa ideia para isto!
>
> Obrigadíssima de qualquer maneira
> Joana
>
> No dia 30 de novembro de 2016 às 07:50, Joana Mendes <
> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>
> Muito obrigada pelas respostas. Estou a estudá-las e voltarei ao contacto
> em breve. Joana
>
> No dia 29 de novembro de 2016 às 09:37, Pedro Venâncio <
> pedrongvenancio  gmail.com> escreveu:
>
> Por acaso lembrei-me hoje de manhã do teu plugin Alexandre! De facto
> existem diversas formas de chegar a uma solução.
>
> O único [e principal] problema são os dados de que se dispõe para aplicar
> essas técnicas. Há uns meses tive de calcular o declive de uma estrada com
> precisão e em muito pouco tempo. Até tinha um conjunto bastante bom de
> pontos naquela zona, mas mesmo assim não correu bem (tinha declives de mais
> de 80%), porque os pontos representavam a cota do terreno, que era
> extremamente acidentado, e o perfil da estrada ficou totalmente "diluído"
> na interpolação para o cálculo do MDT. A solução, nessa ocasião, passou
> mesmo por usar apenas os pontos que tinha na estrada e fazer os cálculos do
> declive com a diferença de cota, numa folha de cálculo. Mais tarde melhorei
> a precisão, fazendo o levantamento do eixo da estrada com GNSS, com
> pós-processamento.
>
> Quando a grande precisão não é um requisito fundamental, como por exemplo
> na preparação de provas desportivas, o que faço é o que descrevi no email
> anterior.
>
> Cumprimentos,
> Pedro Venâncio
>
>
>
> No dia 29 de novembro de 2016 às 08:17, Alexandre Neto <
> senhor.neto  gmail.com> escreveu:
>
> O problema dos declives em caminhos(ou em quaisquer outras linhas) tem
> muito que se lhe diga, porque a maior parte das vezes o caminho não toma a
> direcção do declive máximo (que é o que obtemos da ferramenta slope), mas
> até o de menor declive com caminhos de vão ao longo da colina.
>
> A meu ver, o procedimento a adoptar é parecido com o que o André
> descreveu, mas em vez de se usar o plugin sample points para obter declives
> de um raster, deve obter -se alturas. E depois pode-se fazer o cálculo dos
> declives usando a diferença de elevação e as coordenadas X e Y de de cada
> vértice consecutivo.
>
> Todo o processo pode ser feito usando um pequeno script em Python. O
> código do plugin walking time, quase faz o que precisas. Era uma questão de
> o alterar ligeiramente. Para recolher a informação necessária. (Até era
> capaz de dar um plugin útil)
>
> Alexandre Neto
>
> A ter, 29/11/2016, 07:55, Andre Mano <andre.s.mano  gmail.com> escreveu:
>
> O problema que descreves parece ser simples mas a execucao nao e assim tao
> simples, mas e possivel. Uma outra alternativa seria algo do genero:
>
> 1 - extrair os vertices de cada um dos caminhos como pontos e agrupar
> esses pontos segundo o caminho a que pertencem. Precisas de dois passos
> para isso:
>
>               a) - *Vector > Geometry Tools > Extract Nodes *(obter os
> vertices das linhas)
>
> *              b) - Vector > Data Management Tools > Join by location *(adicionar
> a tabela de atrubutos dos vertices ao nome/id de onde provem cada um dos
> vertices)
>
> 2 - *Vector > Geometry Tools > Add geometry columns *para adicionar as
> coordenadas X e Y de cada um destes pontos
>
> 3 - Utilizar o plugin *Point Sampling Tool* para extrarir os valores de
> declive do raster
>
> Agora tens todos os dados que necessitas na tabela de atributos. Apenas
> tens que filtrar/usar field calculator os resultados para obter o que
> precisas (declives médio, máximo e a localização do declive máximo).
> Talvez mais facil trabalhar esta informacao no Open Office Calc, Excell ou
> algo do genero e depois adicionar a tabela resultante ao QGIS.
>
> A partir destes dados, podes agora produzir uma tabela com a informacao
> necessaria (que devera ser uma tabela com 5 atributos - nome/id do caminho
> | declives médio | máximo | coodenada X do declive máximo | coordenada Y
> do declive maximo|
>
> Resta um ultimo passo:
>
> 4 - Fazer um Join by attributes em que a condicao do join e o id/nome da
> linha, que em principio sera coincidente tanto para o layer original dos
> caminhos, como na tabela que contem a nova informacao.
>
> E claro que todo este procedimento parte do principio que o raster de
> declives tem qualidade suficiente, o que podera ser um problema, como disso
> o Pedro.
>
> Espero que ajude,
>
> Andre Mano
>
> 2016-11-29 2:02 GMT+01:00 Pedro Venâncio <pedrongvenancio  gmail.com>:
>
> Boa noite Joana Mendes,
>
> Os procedimentos para calcular os declives e associá-los à tabela de
> atributos das linhas são relativamente simples. Uma das possibilidades
> seria calcular os declives, converter o resultado para vetor e fazer um
> intersect com os caminhos.
>
> O problema está, a meu ver, na resolução do MDT. A menos que seja uma área
> muito plana e homogénea, e o MDT tenha elevadíssima resolução, ou
> dificilmente conseguirá chegar aos declives dos caminhos com uma precisão
> aceitável. Se um caminho tiver 4 / 5 metros de largura, seria necessário um
> MDT de grande resolução espacial e grande precisão altimétrica para
> refletir corretamente esse lineamento. Só com um levantamento do tipo
> LiDAR.
>
> O que poderá fazer é o levantamento dos caminhos com GPS/GNSS em modo
> cinemático, RTK ou pós-processado, usando as estações das redes RENEP /
> SERVIR.
>
> Cumprimentos,
> Pedro Venâncio
>
>
>
>
> No dia 28 de novembro de 2016 às 22:20, Joana Mendes <
> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>
> Date: Mon, 28 Nov 2016 20:40:18 +0000
> Subject: Declives de caminhos rurais
> Bom dia a todos!
>
> Trabalho com o QGIS há cerca de 1 ano, e preciso de calcular e colocar na
> tabela de atributos os declives médio, máximo e a localização do declive
> máximo, de cada troço de uma rede de caminhos rurais, quase todos em terra
> batida, num total de 2639 km !
>
> Tentei fazer isto através de um raster de elevação (modelo digital do
> terreno), mas os resultados foram contraditórios com a realidade num número
> de casos muito elevado, o que inviabiliza este método.
>
> Calcular estes valores troço a troço daria para um exército de
> utilizadores a trabalhar durante muitas semanas.
>
> Alguém me pode indicar se existe algum método, seja um plugin ou outro
> método qualquer para calcular estes valores de forma automática?
>
> Muito grata pela ajuda,
> Joana
>
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