[Portugal] Re: Portugal Digest, Vol 24, Issue 38

Luís Ferreira lferreira75.1 at gmail.com
Tue Mar 30 21:23:29 EDT 2010


On Tue, 2010-03-30 at 16:26 -0700, Ricardo Pinho wrote:

> Mas a culpa não é toda da ESRI, INTERGRAPH, etc.
> A resposta para essas perguntas é mais elementar do que pensam, meus
> caros: "QUEM NÃO SABE FAZER COMPRA TUDO FEITO!"
> E assim pode manter o seu emprego (tacho de dirigente municipal) e,
> mesmo não percebendo nada do assunto, fazer brilharetes em alguns
> congressos para melhorar o seu CV e progredir na carreira...
> 
> Doa a quem doer, esta é a verdade... para quem a quiser ver...

Exactamente. É fácil justificar a compra de licenças de software e
extensões, mas o que na realidade acontece é uma avaliação exagerada das
necessidades reais da instituição. Compram capacidades que são usadas em
poucas ocasiões principalmente devido ao facto de ser fácil para um
vendedor convencer um dirigente que se a instituição não comprar o
produto mais actual "xpto" será deixada para trás.

A usual fraca capacidade de uso dos sistemas de informação por parte dos
técnicos das autarquias é normalmente devida a uma educação/formação
orientada para o software e não para a explicitação dos modelos de
dados/algoritmos, com casos de estudo e aplicações práticas.

> Pessoal, que fazer para mudar isto? ideias não me faltam... ;-)

Na minha opinião, para causar impacto junto de um autarca relativamente
a uma mudança, a abordagem poderá ir por dois lados:
        1º - A demonstração de poupança em recursos financeiros que
        advém do uso de FOSS/FOSS4G, com números bem explícitos,
        comparando com o investimento necessário ao uso de softwares
        proprietários;
        2ª - Enumerar casos de estudo e adopções de FOSS/FOSS4G por
        entidades públicas, demonstrando a analogia de processos entre
        livre/aberto e fechado/comercial.
        
Teria de ser feita uma análise-tipo das necessidades do utilizador, uma
análise custo-benefício (custos de arranque e implementação, custos de
conversão de dados, outros custos..., benefícios quantificáveis e não
quantificáveis), e uma análise de risco (possíveis fontes de risco numa
conversão de sistemas e apontar soluções para minimizar os impactos).
Isto parece-me trabalho para uma tese.

Um alvo potencial para uma demonstração será a ANMP, Associação Nacional
dos Municípios Portugueses.
        
Obviamente que a proposta por parte de um técnico, de mudar para
FOSS/FOSS4G, vai contra os interesses comerciais instituídos e as suas
ligações locais, e a inércia natural e oposição à mudança dos
utilizadores.





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