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Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2012 - 16:02:32 EST


Dos Mistérios da Vida e do EUE

Tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de o
convívio, o mais sério, genuíno e verdadeiro convívio, exaltar e
exponenciar de forma tão absolutamente extraordinária quanto tão sempre
absolutamente surpreendente, as mais nobres, mais excelsas e singulares
virtudes individuais.

Não, não tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de o
convívio exaltar e exponenciar de forma tão sempre absolutamente
extraordinária quanto absolutamente surpreendente, as mais nobres, mais
excelsas e singulares virtudes individuais, por qualquer atávica fé no mito
do suposto Bom Selvagem mas por se me afigurar todo o homem deter, à
partida e por princípio, todas aquelas qualidades, faculdades e
capacidades, necessárias a um, dir-se-ia, perfeito desenvolvimento
autónomo, como se dispensável, de facto, fora todo o convívio. E no
entanto, no isolamento, no absoluto afastamento ou total solipsismo, o
homem definha, evanesce e morre ou, pura e simplesmente, enlouquece _ que
tanto pode ser uma forma translata de suicídio quanto de efectiva morte
para a realidade. Um mistério!

Tudo isto vem, naturalmente, a propósito do nosso Encontro de Utilizadores.

Bem sabemos, como desde os mais recuados e bíblicos dias é sabido, não ser
bom ao homem estar só. Sabemo-lo, com certeza, mas cousa muito distinta é
sabermo-lo de modo intelectual, se assim nos é lícito expressarmos, e
sabermo-lo por experiência própria, vívida e visceralmente, se assim o
podemos afirmar também. E não há, de facto, como um EUE, o sempre tão nosso
e tão esperado anual Encontro de Utilizadores, para vívida, visceral e tal
o experienciarmos em toda a sua beleza, em toda sua grandeza, em todo o seu
esplendor.

Um mistério. Um mistério da vida e do EUE _ e tanto mais quanto, de um
ponto de vista puramente intelectual, tanto por horror natural quanto pelo
conhecimento da Psicologia das Multidões, confirmado nos estudos de um
Gustave Le Bon, entre outros, tudo nos levaria a conclusões opostas, ou
seja, tudo levaria a crer as multidões que sempre se constituem no EUE,
porque de verdadeiras multidões, em sentido puramente quantitativo, sempre
se trata, à crescente acefalia, à definhante e triste homogeneidade e ao
puro, patético e vazio psitacismo, todos conduzirem e amalgamarem. E no
entanto, não obstante tudo quanto da Psicologia das Multidões se diz poder
estar certo, e muito estará certo, com toda a certeza, sempre no EUE o
inverso se verifica.

Sim, no EUE, no nosso EUE, por mais amplo e vasto que seja o número dos
presentes, e mais de mil e trezentas cabeças, como em 2011, de uma
apreciável multidão já é passível afirmar, em rigor, nunca jamais em
momento algum de uma verdadeira multidão será legítimo falar porque, em
verdade e absoluto rigor, em momento algum, alguém perde, esquece ou vê
diminuído o mais alto sentido da individualidade. Bem pelo contrário. Em
cada momento, em todos os momentos, o que se vê é o brilho nos olhos,
espelho da alma, de ligação ao mais alto, ao que mais importa, como se nada
mais houvesse senão puro desafio de permanente busca de mais luz e aquele
fundo conhecimento da realidade que os Sistemas de Informação Geográfica
sempre concedem e permitem, num frémito de puro deleite intelectual,
absolutamente singular, absolutamente único e perfeitamente individualizado.

Sim, tenho para mim como um dos maiores mistérios da vida, o facto de o
convívio, o convívio no EUE, exaltar e exponenciar de forma sempre tão
absolutamente extraordinária quanto tão absolutamente surpreendente, as
mais nobres, mais excelsas e singulares virtudes individuais de cada um no
desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográfica.

Eu não poderia dar-me ao luxo de faltar ao EUE sob pena de esmorecer,
definhar e mais rápido evanescer, sobretudo num ano em que se celebram os
25 anos da Esri Portugal e se comemora o 10º EUE. Mas também de nada me
valeria ou valerá a pena lá estar, se todos lá não encontrar também, se
todos não soubesse ou antecipasse lá encontrar também porque este mistério
único da vida e do EUE, por todos é sentido e partilhado igualmente, de
acordo com a individualidade própria de cada um.
-------------- próxima parte ----------
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