Re: [Portugal] Resolução na conversão vector - raster

Pedro Venâncio pedrongvenancio at yahoo.com
Tue Jun 22 14:42:31 EDT 2010


Olá a todos,

Antes de mais agradeço o apoio! 



     >Viva Pedro,

>25
metros à escala 1:25 000 traduz-se em 1 milímetro na carta, o que está
ainda um pouco acima do erro de graficismo (0.2 mm). Em teoria a carta
militar tem informação até 5 metros, sendo esse o limite para lá do
qual não existe informação.
>No caso de estar a trabalhar com informação digital, então o que
conta é a resolução de aquisição. O Exército recolhe a informação por
fotogrametria à escala 1:10 000 sendo posteriormente generalizada para
a escala final gráfica de 1:25 000. Não sei se a informação digital
distribuída sofre ou não esta generalização.
>Resumindo: para garantir a preservação de resolução da informação
topográfica, a resolução do modelo numérico do terreno (raster) não
deverá ser inferior a 5 metros. No entanto há que ponderar esta decisão
em relação ao objectivo final do trabalho, pode não ser ńecessário
gerar ficheiros tão grandes.


Faz sentido Luís.
Por exemplo, na eventual
conversão raster -> vector de uma feição de uma carta na escala
1:25.000, por hipótese de uma estrada, o tamanho do pixel não deverá
ser inferior ao erro de graficismo associado à escala (5m, neste caso),
porque será esse o valor mínimo de representação. Abaixo desses 5m a
feição não é cartografável. Estou correcto ou estarei a dizer uma
barbaridade?
Já as curvas de nível são questões diferentes, porque, como diz, dependerão da escala de aquisição e generalização.

Já
agora, encontrei a referência a uma fórmula que relaciona a resolução
espacial (REsp) com a relação de escala (RE), do seguinte modo:

REsp/0.0002 = RE

o que daria, por exemplo, para as imagens Landsat (REsp 28,5m), uma escala de representação 1:142.500.

Isto terá algum fundamento? É que o valor deriva
 directamente do erro de graficismo, mas geralmente vêem-se estes produtos de detecção remota usados com escalas superiores.





>Pedro,


>Na verdade o assunto é um bocadito mais complicado do que apenas a
escolha do passo de malha da interpolação.

O que acontece é que não há aqui nenhuma "conversão" de vector para
grelha mas sim uma interpolação, usando um dado algoritmo, para obter a
dita grelha. Ora o problema de interpolar curvas de nível é que os
dados são muito densos a longo de cada curva e relativamente esparços
entre as curvas. Se o gradiente do terreno for baixo a distância entre
curvas de nível pode ser considerável. O resultado disto é que as
grelhas calculados a partir de curvas de nível mostram claramente a sua
origem quando, por >exemplo, as iluminamos. Aí vê-se nitidamente que o
modelo de terreno parece as >encostas do Douro, ou seja, é constituido
por socalcos. Para obviar a isto existem >algoritmos especializados que
procuram na interpolação preveligiar os pontos que lhes >estão nas
curvas "em frente e atrás". Eu não conheço em conceto nenhum programa
>desses, embora tenha uma vaga idéia de me terem dito que nos pacotes da
Intergeph >havia algo desse género. >Dentro dos algoritmos mais clássicos
o meu palpite é que a >minima curvatura seja o que menos vais evidenciar
esse efeito dos socalcos.

>Joaquim Luis


Também faz todo o sentido Joaquim Luis,
mas
os interpoladores têm todos alguma contrapartida. O spline suaviza a
superfície, deixando-a mais agradável à vista e mais regular nos
perfis, contudo pode ocultar feições do terreno como quebras abruptas,
escarpas de falha, etc., e também não funciona muito bem em zonas com
grandes variações no valor num curto espaço. 

No caso eu vou usar o GRASS para fazer o MDT, e tenho duas hipóteses, ou uso o r.surf.contour
http://grass.itc.it/gdp/html_grass64/r.surf.contour.html 
convertendo
as curvas de nível para raster e depois usando este interpolador
linear, que pode gerar esse efeito de socalcos que o Joaquim Luis
refere, e que se vê bem também nas cartas de declives derivadas, 
ou uso o v.surf.rst
http://grass.itc.it/gdp/html_grass63/v.surf.rst.html 
através do interpolador spline. 

Qual
será a melhor solução? Eu sei que é uma pergunta estúpida, porque é
muito complicado dizer quando um interpolador é melhor que outro, mas
se tiver esta experiência, agradeço! 


Em
relação ao tamanho do pixel, para as curvas de nível das cartas
1:25.000, os 5m (derivados do erro de graficismo) serão aceitáveis?
Existe alguma outra "regra"?

Obrigado a todos!
Abraços!
Pedro Venâncio


      
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