[Portugal] Res: [lusogis] Rede de Apoio Topografico OAZ em PT-TM06

Ricardo Pinho rpinho_eng at yahoo.com.br
Tue May 18 20:06:54 EDT 2010


Caro José Gonçalves,

Obrigado pela célere resposta!
É minha intenção num próximo passo continuar este ensaio com o método das grelhas.

Comecei pelo BW7 apenas por dificuldades na configuração do SC, no software do GPS 
(Trimble), usando a definição das grelhas (que espero, mais tarde ou mais cedo, ultrapassar). Para trabalhos de piquetagem e verificação em tempo real de coordenadas, estou limitado a usar o SW do aparelho, não posso usar o proj... talvez um dia surja um SW Open Source para GPS... Se alguém conhecer algum, agradeço... ;-)

Já 
agora uma pergunta, usou algum destes VG na definição dos seus dados das grelhas?

Mais respostas abaixo...

Abraço,
Ricardo Pinho




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De: Jose Gonçalves <jagoncal  gmail.com>
Para: lusogis  yahoogrupos.com.br; eng_geografo <eng_geografo  yahoogroups.com>; portugal <portugal  lists.osgeo.org>
Enviadas: Segunda-feira, 17 de Maio de 2010 9:45:23
Assunto: Re: [lusogis] Rede de Apoio Topografico OAZ em PT-TM06

  
Caro Ricardo

Acho importante dispor de parâmetros da transformação BW locais para configurar aplicações. O método de grelhas de interpolação é melhor e boa parte das aplicações de SIG faz uso dele (nos EUA foi sempre essa a forma usada para converter de NAD27 para NAD83) mas muitas não são configuráveis para grelhas do utilizador. O método de BW pode em geral ser utilizado para configuração do utilizador.

Há alguns aspectos importantes em relação à transformação BW. Um é se se deve considerar como transformação 3D. Como as altitudes que queremos para cartografia e topografia são ortométricas é normalmente necessário ter um modelo do geóide. Para que a conversão de altitudes seja acomodado pela transformação BW é preciso que a região seja pequena para que se possa admitir que a ondulação do geóide tem um comportamento linear. Penso que isso acontecerá num concelho como o de Oliveira de Azeméis, olhando para os resíduos que obteve, mas em regiões maiores já poderá não acontecer.

Sim, os testes que tenho feito com o geoide disponibilizado recentemente pelo IGP, têm dados resultados razoáveis.
Este talvez seja um dos poucos pontos positivos de termos tantos (e de pequena dimensão) Concelhos em PT. 
Assim cada um poderá ter o seu próprio conjunto de parâmetros BW7.   


O segundo aspecto é que os 7 parâmetros são muito correlacionados para pequenas regiões. Aquilo que uma rotação faz é muito semelhante ao que faz uma translação, pelo que os parâmetros têm muita liberdade de variação para se ajustarem aos dados. Isso explica porque é que retirando do ajuste um ponto que tem um resíduo de 1 decímetro se obtém parâmetros diferentes por dezenas de metros. A consequência é que se os pontos de controlo não cobrirem muito bem a região, a transformação pode não ser nada boa nas regiões com menos pontos. No caso concreto parece-me que a parte ocidental do concelho não está muito bem coberta. Eu utilizaria mais alguns pontos, mesmo que fosse necessário levantá-los (rede de 3ª ordem). Deixaria também alguns fora do ajuste para usar como pontos independentes para verificação.
Exactamente. Embora o IGP não faculte as Coordenadas PT-TM06 para esses outros VG's, poderei fazer a sua determinação (com GPS) e tentar criar uma malha de referencia mais densa... Também tenho as marcas da rede de apoio topográfico, calculadas por outro processo, que podem também servir de pontos de validação.  

Para a finalidade de conversão local de coordenadas é mais segura a transformação no plano (por exemplo uma afim, ou afim conforme). O inconveniente é que não há formas standard de configuração dos programas para transformação de coordenadas por formas polinomiais. Contudo pode ser interessante ter, para um concelho, uma transformação de translação, rotação e escala (ou mesmo só translacção) que pode ser aplicada facilmente nos programas de CAD (MOVE, SCALE, ROTATE). Isso pode ser útil para converter ficheiros de cartografia, só com funcionalidades do CAD.

Excelente ideia! Não é por acaso que os "topógrafos/desenhadores" costumam usar essa técnica (move+rotate) sem grandes problemas.
Mas eu só o faço de forma consciente, quando tiver uma ideia da ordem de grandeza do erro que isso acarreta.
Vou tentar fazer essa análise.


Outro aspecto das transformações locais é que não são contínuas entre regiões vizinhas. Nisso as grelhas têm claramente vantagem. Desde que as aplicações o permitam, prefiro as grelhas para transformar coordenadas e o modelo GeodPT-08 (IGP/FCUL) para as altitudes, mas de facto a transformação BW ainda é a mais comum nos programas.
Espero que os comentários sejam úteis.

Claro que concordo consigo. Não tenho dúvidas que o metodo das grelhas será o melhor. 
Para além de não ser ainda garantida a compatibilidade com a totalidade das aplicações SIG/Topografia, a sua fiabilidade está directamente dependente da qualidade dos dados que foram usados para a sua definição. 
E apenas referindo o caso de STO ESTEVAO (o único em território de OAZ), para já mantenho as minhas reservas.


Cumprimentos

José Alberto Gonçalves





Em 14 de maio de 2010 16:09, Ricardo Pinho <rpinho_eng  yahoo. com.br> escreveu:

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>Caro Prof. José Alberto (e restantes membros),
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>Integrado numa minha iniciativa de promover a migração para o PT-TM06 na CM O.Azeméis, iniciei um trabalho para a disponibilizaçã o das coordenadas da Rede de Apoio Topográfico do Concelho nesse sistema (para além do DT73).
>
>No link abaixo disponibilizo uma primeira versão do relatório, muito resumido, do procedimento e dos trabalhos realizados até à data.
>http://dl.dropbox. com/u/1236917/ moa/REDE_ APOIO_TOPOGRAFIC O_OAZ_PT- TM06.pdf
>
>Disponibilizo- o para lhe pedir ajuda e o favor de fazer a sua habitual análise crítica e me alertar para eventuais erros ou melhorias que me possam estar a levar a conclusões
> erradas.
>
>>Aproveito para disponibilizar mais detalhes sobre este 
>trabalho caso considere relevante integrar ou usar nas suas apresentações e "campanhas" de adesão ao PT-TM06 e disponibilizar- me pessoalmente para o relatar na 1ª pessoa, se o achar pertinente. Por exemplo, sei que vai participar nas Jornadas da OERN (14.Jul) e caso considere apresentar este caso terá todo o meu apoio.
>
>Também me parece interessante propor esta metodologia, de obtenção de parametros BW7 regionais, no âmbito do grupo de trabalho dedicado ao Sistemas de Cordenadas do Capitulo Portugues da OSGeo.  
>
>Como de certeza, existem muitos outros membros nas listas, com muita mais experiência do que eu nesta matéria (e outros com menos, com o mesmo problema, e que querem aprender) disponibilizo também este relatório publicamente nos foruns para os quais agradeço a Vossa ajuda!
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>Cumprimentos,
>Ricardo Pinho
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