[QGIS-pt] Declives de caminhos rurais

Alexandre Neto senhor.neto at gmail.com
Tue Dec 6 03:43:57 PST 2016


Bom dia,

Ia perguntar ao António porque não está esta aparentemente tão útil
extensão no repositório oficial do QGIS. Só depois percebi que se trata de
uma extensão para ArcView...

Alexandre Neto

Antonio Sobral Almeida <sobral.almeida  gmail.com> escreveu no dia terça,
6/12/2016 às 11:20:

> Bom dia, Joana,
>
> Há uns dez anos atrás, deparei-me com um problema em tudo idêntico ao seu:
> tinha uns centos de quilómetros de estradas florestais em terra batida,
> pela serra afora, e, para além de outras características, era necessário
> determinar, com muita aproximação, os declives longitudinais, que, por sua
> vez, iriam determinar os tipos de viaturas de bombeiros que podiam passar
> nesses caminhos, para acederem, o mais rápidamente possível, a um
> determinado local para combate directo ao fogo.
>
> Fartei-me tambem de procurar por algo mais ou menos robótico para
> determinar declives, mas depressa concluí que tinha que meter mãos à obra,
> e organizar uma extensão que fizesse esse trabalho.
>
> De uma extensão muito simples, foi evoluindo, e hoje vai na versão 5.8,
> que pode descarregar do link abaixo, juntamente com as respectivas
> instruções, e faz aquilo que você pretende.
>
> Caso surja alguma dúvida, não hesite em contactar por este site, para
> trocarmos experiências e ideias sobre este assunto.
>
> https://www.dropbox.com/s/qjl5trztjrcm3c7/declives_caminhos_5_8.zip?dl=0
>
> Boa sorte
> António Almeida
>
> 2016-12-02 19:19 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>:
>
> Obrigada Nelson, dei uma vista de olhos, mas o meu problema é simples:
> falta de tempo (tenho poucas semanas para apresentar o trabalho com que me
> comprometi julgando, talvez ingénuamente, que esta questão dos declives de
> caminhos já estaria mais que resolvida), 2600 km de caminhos divididos em 4
> mil e tal troços!
> Sem uma qualquer ferramente que me automatize completamente esta tarefa,
> não me safo!
> Joana
>
> No dia 2 de dezembro de 2016 às 06:45, Nelson Silva <nelson.jgs  gmail.com>
> escreveu:
>
> Olá Joana,
>
> Deparei-me com o post abaixo. Vi só na diagonal, mas parece que aborda
> aquilo que pretende.
>
>
> http://themagiscian.com/2016/11/28/dem-slope-calculations-bicycle-routing-postgis/
>
>
> Espero que ajude alguma coisa.
>
>
> Bom trabalho
>
> Nelson silva
>
> Enviado do meu iPhone
>
> No dia 01/12/2016, às 23:14, Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>
> escreveu:
>
> Caríssimos,
>
> Depois de muito navegar pela Internet, de ter lido com a máxima atenção os
> vossos posts, concluo (por agora) que:
>
> 1 - calcular declives de caminhos tem mesmo muito que se lhe diga
> (conforme diz Alexandre);
> 2 - o MDT (ou melhor, a sua qualidade) tem um papel fulcral neste
> processo; utilizar um raster de declives (slope grid) é mesmo para esquecer!
> 3- ainda não consegui atinar com o processo sugerido por André; mas o meu
> problema continua a ser o de ter 2600 km, distribuídos por 4763 troços, é
> uma missão (quase) impossível! Só mesmo um processo automatizado consegue
> dar conta do recado.
>
> Continuarei a procurar activamente pela Internet, e fico (ansiosamente) à
> espera de uma boa ideia para isto!
>
> Obrigadíssima de qualquer maneira
> Joana
>
> No dia 30 de novembro de 2016 às 07:50, Joana Mendes <
> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>
> Muito obrigada pelas respostas. Estou a estudá-las e voltarei ao contacto
> em breve. Joana
>
> No dia 29 de novembro de 2016 às 09:37, Pedro Venâncio <
> pedrongvenancio  gmail.com> escreveu:
>
> Por acaso lembrei-me hoje de manhã do teu plugin Alexandre! De facto
> existem diversas formas de chegar a uma solução.
>
> O único [e principal] problema são os dados de que se dispõe para aplicar
> essas técnicas. Há uns meses tive de calcular o declive de uma estrada com
> precisão e em muito pouco tempo. Até tinha um conjunto bastante bom de
> pontos naquela zona, mas mesmo assim não correu bem (tinha declives de mais
> de 80%), porque os pontos representavam a cota do terreno, que era
> extremamente acidentado, e o perfil da estrada ficou totalmente "diluído"
> na interpolação para o cálculo do MDT. A solução, nessa ocasião, passou
> mesmo por usar apenas os pontos que tinha na estrada e fazer os cálculos do
> declive com a diferença de cota, numa folha de cálculo. Mais tarde melhorei
> a precisão, fazendo o levantamento do eixo da estrada com GNSS, com
> pós-processamento.
>
> Quando a grande precisão não é um requisito fundamental, como por exemplo
> na preparação de provas desportivas, o que faço é o que descrevi no email
> anterior.
>
> Cumprimentos,
> Pedro Venâncio
>
>
>
> No dia 29 de novembro de 2016 às 08:17, Alexandre Neto <
> senhor.neto  gmail.com> escreveu:
>
> O problema dos declives em caminhos(ou em quaisquer outras linhas) tem
> muito que se lhe diga, porque a maior parte das vezes o caminho não toma a
> direcção do declive máximo (que é o que obtemos da ferramenta slope), mas
> até o de menor declive com caminhos de vão ao longo da colina.
>
> A meu ver, o procedimento a adoptar é parecido com o que o André
> descreveu, mas em vez de se usar o plugin sample points para obter declives
> de um raster, deve obter -se alturas. E depois pode-se fazer o cálculo dos
> declives usando a diferença de elevação e as coordenadas X e Y de de cada
> vértice consecutivo.
>
> Todo o processo pode ser feito usando um pequeno script em Python. O
> código do plugin walking time, quase faz o que precisas. Era uma questão de
> o alterar ligeiramente. Para recolher a informação necessária. (Até era
> capaz de dar um plugin útil)
>
> Alexandre Neto
>
> A ter, 29/11/2016, 07:55, Andre Mano <andre.s.mano  gmail.com> escreveu:
>
> O problema que descreves parece ser simples mas a execucao nao e assim tao
> simples, mas e possivel. Uma outra alternativa seria algo do genero:
>
> 1 - extrair os vertices de cada um dos caminhos como pontos e agrupar
> esses pontos segundo o caminho a que pertencem. Precisas de dois passos
> para isso:
>
>               a) - *Vector > Geometry Tools > Extract Nodes *(obter os
> vertices das linhas)
>
> *              b) - Vector > Data Management Tools > Join by location *(adicionar
> a tabela de atrubutos dos vertices ao nome/id de onde provem cada um dos
> vertices)
>
> 2 - *Vector > Geometry Tools > Add geometry columns *para adicionar as
> coordenadas X e Y de cada um destes pontos
>
> 3 - Utilizar o plugin *Point Sampling Tool* para extrarir os valores de
> declive do raster
>
> Agora tens todos os dados que necessitas na tabela de atributos. Apenas
> tens que filtrar/usar field calculator os resultados para obter o que
> precisas (declives médio, máximo e a localização do declive máximo).
> Talvez mais facil trabalhar esta informacao no Open Office Calc, Excell ou
> algo do genero e depois adicionar a tabela resultante ao QGIS.
>
> A partir destes dados, podes agora produzir uma tabela com a informacao
> necessaria (que devera ser uma tabela com 5 atributos - nome/id do caminho
> | declives médio | máximo | coodenada X do declive máximo | coordenada Y
> do declive maximo|
>
> Resta um ultimo passo:
>
> 4 - Fazer um Join by attributes em que a condicao do join e o id/nome da
> linha, que em principio sera coincidente tanto para o layer original dos
> caminhos, como na tabela que contem a nova informacao.
>
> E claro que todo este procedimento parte do principio que o raster de
> declives tem qualidade suficiente, o que podera ser um problema, como disso
> o Pedro.
>
> Espero que ajude,
>
> Andre Mano
>
> 2016-11-29 2:02 GMT+01:00 Pedro Venâncio <pedrongvenancio  gmail.com>:
>
> Boa noite Joana Mendes,
>
> Os procedimentos para calcular os declives e associá-los à tabela de
> atributos das linhas são relativamente simples. Uma das possibilidades
> seria calcular os declives, converter o resultado para vetor e fazer um
> intersect com os caminhos.
>
> O problema está, a meu ver, na resolução do MDT. A menos que seja uma área
> muito plana e homogénea, e o MDT tenha elevadíssima resolução, ou
> dificilmente conseguirá chegar aos declives dos caminhos com uma precisão
> aceitável. Se um caminho tiver 4 / 5 metros de largura, seria necessário um
> MDT de grande resolução espacial e grande precisão altimétrica para
> refletir corretamente esse lineamento. Só com um levantamento do tipo
> LiDAR.
>
> O que poderá fazer é o levantamento dos caminhos com GPS/GNSS em modo
> cinemático, RTK ou pós-processado, usando as estações das redes RENEP /
> SERVIR.
>
> Cumprimentos,
> Pedro Venâncio
>
>
>
>
> No dia 28 de novembro de 2016 às 22:20, Joana Mendes <
> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>
> Date: Mon, 28 Nov 2016 20:40:18 +0000
> Subject: Declives de caminhos rurais
> Bom dia a todos!
>
> Trabalho com o QGIS há cerca de 1 ano, e preciso de calcular e colocar na
> tabela de atributos os declives médio, máximo e a localização do declive
> máximo, de cada troço de uma rede de caminhos rurais, quase todos em terra
> batida, num total de 2639 km !
>
> Tentei fazer isto através de um raster de elevação (modelo digital do
> terreno), mas os resultados foram contraditórios com a realidade num número
> de casos muito elevado, o que inviabiliza este método.
>
> Calcular estes valores troço a troço daria para um exército de
> utilizadores a trabalhar durante muitas semanas.
>
> Alguém me pode indicar se existe algum método, seja um plugin ou outro
> método qualquer para calcular estes valores de forma automática?
>
> Muito grata pela ajuda,
> Joana
>
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