[OSGeo-Brasil] Re: Foss4g 2010

Helton Uchoa uchoa em geolivre.org.br
Segunda Outubro 20 20:07:59 EDT 2008


Oi Felipe,

Acho q acoplar uma trilha acadêmica viável. Talvez até agregado alguns
encontros das comunidades dos vários sistemas livres.

Acredito ser crucial a criação da comissão e a montagem de uma proposta já
contanto com o apoio de algumas empresas. Acho importante a participação da
Autodesk Brasil, pois poderá dar uma força maior para o projeto.

Acredito que seria importante montarmos um evento no Brasil com uma
estrutura que possa ser visitada pelo pessoal da OSGeo para validarmos que
temos realmente condições de receber um grande evento.

Acho que podemos marcar uma reunião virtual por mês para debatermos o
assunto. Talvez no primeiro ou no último sábado do mês. O que vc acha?

[]s Uchoa

2008/10/20 Felipe Costa <fsc7mail em gmail.com>

>
> <brasil%40lists.osgeo.org?Subject=%5BOSGeo-Brasil%5D%20Foss4g%202010&In-Reply-To=cc898e630810191018vd45df90l4d7e9c3805a63f86%40mail.gmail.com>
>
> Olá Helton,
>
> De fato você tem razão em muitos pontos, quando sugeri por exemplo o Rio de janeiro pensei na sua empresa que tem sede lá, na hora de escrever me deu o branco e acabei não citando, mas com certeza as empresas, incluindo a sua tem um papel crucial no evento, acho por exemplo que a Petrobrás, embora seja mista, poderia ter um papel fundamental.
>
> Acho que deve ser um lugar com atrativos turísticos e com a facilidade que você citou. Não vejo São Paulo com todo esse potencial de atratividade, o Rio me parece ser uma cidade em que os desenvolvedores teriam vontade de vir.
>
> As coisas que atraem as pessoas são poder ver seus pares (desenvolvedores) e ter um bom local para visitar. Acho que o Rio é ideal, porta de entrada para o resto do Brasil.
> Esse ano foi o primeiro a ter uma trilha acadêmica, acredito ser um avanço do evento e não creio que terá volta. Não foi a única trilha mas teve grande participação. Tinham 7 salas durante 3 dias, sendo que 2 eram laboratórios e o restante dividido entre trilha geral (com casos) e trilha acadêmica.
>
> Uma coisa que eu acho boa da trilha acadêmica é que ela permite que algumas pessoas que não poderiam participar pelo fator custo possam ter acesso ao evento, eu sou um exemplo. Meu orientador bancou minha passagem e acredito que muitas universidades bancam a participação de seus alunos que apresentam trabalhos.
>
> Na minha opinião ter uma trilha acadêmica não impede de forma nenhuma ter enfoque no mercado.
> Concordo com você quanto a lentidão no apoio do setor público. Todavia acho que, o modelo do evento da África do Sul pode ser copiado, eles se uniram a academia e deu certo. Citei o Inpe pois o mesmo já é patrocinador da Osgeo e acho que pode ser um grande aliado, mas podemos começar pelas empresas, é algo a ser discutido.
>
> Minha intenção ao vir do evento era de gerar uma discussão em torno da possibilidade de trazer o evento pra cá. Acredito que o nosso país se beneficiaria sobremaneira com essa conferência. Queria saber a opinião da comunidade e me dispor a colaborar no que for possível se a comunidade acredita na viabilidade do evento, caso não seja do interesse da comunidade ou seja inviável papo encerrado.
>
> Houve sim uma proposta para trazer o evento desse ano para o Brasil, não sei como aconteceu a organização dessa proposta do Rafael Sperb, mas sei dizer que foi bem vista por eles e o Frank Warmerdam falou que perdeu por um voto para a Cidade do Cabo, talvez tenha faltado um pouco mais de envolvimento da comunidade, o que pode ser sanado com uma possível proposta que envolva mais a comunidade.
>
> Resumindo, o evento acontece se a comunidade quiser que aconteça para isso precisamos de mais ação como você falou, agir como comunidade. Acredito que é possível unir o mercado e a academia no mesmo evento tendo patrocínio e apoio dos dois lados. Acho que a cidade ideal para o evento seria o Rio por inúmeras razões já citadas e não citadas. Mesmo com muitos compromissos como todos nesta lista irei ajudar como puder. Meu objetivo de fomentar a discussão creio que está sendo alcançado, e dar um ânimo a essa lista que anda muito parada.
>
> Grande abraço a todos.
>
> Felipe
>
>
>
>
>
>
>
> Caros colegas da comunidade,
>
> Tenho acompanhado a discussão e farei uma intervenção no sentido de
> esclarecer alguns fatos que considero relevantes para os futuros eventos de
>
> software livre para geotecnologias.
>
> 1. Quando pensamos em fazer um evento envolvendo uma estrutura grande o
> suficiente para atender profissionais que virão de fora do país, devemos
> pensar primeiramente na cidade, analisando infra-estrutura da mesma e
>
> facilidade de acesso, como, por exemplo, possibilidade de vôos diretos para
> Europa e EUA. No meu ponto de vista (que não é apoiado por todos do OSGeo
> Brasil), o evento deveria ser pensado inicialmente no eixo Rio - São Paulo
>
> para facilitar o acesso de todo o Brasil e de fora tb, visando tb facilitar
> a abertura de portas para participação de empresas interessadas em
> patrocinar o evento.
>
> 2. O enfoque do evento precisa ficar claro, pois isto irá definir a
>
> participação de patrocinadores. Sabemos que o evento será técnico, mas ainda
> falta definir se terá um enfoque acadêmico (apresentação de trabalhos
> acadêmicos) ou enfoque de mercado (apresentação de casos de sucesso). Evento
>
> acadêmico não interessa às empresas. Desta forma, o sucesso do plano de
> captação depende da definição clara que o evento irá focar casos de sucesso.
> Um bom exemplo de um evento especialista de software livre é o PGCon. Com um
>
> enfoque em casos de sucesso, o evento teve vários patrocinadores, sendo que
> os dois maiores (maiores cotas) foram a OpenGEO e a Dextra. A expansão da
> comunidade depende da expansão do mercado, pois quanto mais empregos na
>
> área, maior será a pressão para atualização do meio acadêmico "forçando" que
> os professores deixem de formar "apertadores de botões" de software
> proprietários e passem a ensinar os alunos a projetar soluções em padrões
>
> abertos e software livre. Para quem não sabe, a participação da Autodesk
> como patrocinadora no último evento do encontro dos usuários do mapserver
> somente foi possível pelo bom relacionamento comercial entre a OpenGEO e a
>
> Autodesk. Eu mesmo fiquei encarregado de conversar com a Autodesk e buscar o
> apoio e, logo de cara, já informei que a OpenGEO iria apoiar o evento pois
> haveria a apresentação de casos de sucesso. A participação da OpenGEO ajudou
>
> na minha conversa para garantir a participação da Autodesk.
>
> 3. Acredito que alguns pontos colocados com relação por onde a organização
> do evento deva ser iniciada estão equivocados. Não vejo qualquer benefício
>
> em buscar a junção da linha dos eventos de foss gis com Geoinfo ou qualquer
> outro evento acadêmico já existente no Brasil. Os eventos de software livre
> estão crescendo e tendendo a criação de grandes blocos especialistas e nós
>
> já somos um bloco especilista de software livre. Outro equívoco seria
> planejar um evento a médio prazo (2 anos de antecedência) e depender de
> alguma insitutição pública para que o evento ocorra. Todas as instituições
>
> públicas possuim dependências políticas que, na grande maioria, são mais
> fortes que os interesses técnicos. Para que o evento possa ter sustentação
> financeira, devemos ter um bom plano de captação para as empresas
>
> patrocinadores; se os órgão públicos apoaiarem, será algo a mais.
>
> 4. É importante destacar também que o comitê de organização e o comitê
> técnico sejam pessoas realmente alinhadas com os objetivos do evento. As
>
> palestras que serão apresentadas devem ser bem selecionadas. Este é mais um
> motivo que descarta qualquer possibilidade de integração com outros eventos
> fora a área de foss gis. Dos eventos em que estive participando direta ou
>
> indiretamente da seleção dos trabalhos, eu, muitas vezes, convidava as
> pessoas que possuíam grandes projetos para participarem. As vezes, os
> trabalhos submetidos faziam um bom "marketing" sobre o mesmo, mas, como
>
> tenho informações sobre os projetos que realmente são referência no mercado,
> eu conseguia descobrir que na realidade o projeto não tinha alcançado os
> objetivos descritos. O moral da história é que a formação dos comitês é
>
> essencial para o sucesso do evento e a seleção deve ser bem criteriosa.
>
> 5. Durante este ano, estive em contato com comitês organizadores de diversos
> eventos para entender como os eventos de software livre estão evoluindo.
>
> Existe uma unanimidade entre os organizadores de o apoio das empresas é
> fundamental para o crescimento dos eventos e que a presença de casos de
> sucesso atrai novos usuários e tb melhora a possibilidade de captação de
>
> recursos. Esta é a linha que defendo.
>
> 6. Desde o ano passado, tenho tido diversas reuniões com empresas que são
> parceiras comerciais da empresa OpenGEO. Entre os assuntos, tendo convecido
> os diretores destas empresas a colaborarem com os eventos que a OpenGEO irá
>
> apoiar/organizar. A minha intenção é montar um evento para 400 pessoas num
> hotel no Rio com toda infra-estrutura de um grande evento, incluindo
> tradução simultânea para os participantes estrangeiros. Eu ainda não
>
> consegui fechar todos os detalhes, pois é um evento caro e que me toma muito
> tempo de planejamento. Mas a minha política é: ou faz bem feito, ou não faz,
> pois não podemos prejudicar a imagem do software livre. Sem conseguirmos uma
>
> mobilização para fazer um evento de grande porte no Brasil, acho muito
> prematuro pensar em trazer o FOSS4G.
>
> 7. Acredito que as pessoas ligadas ao meio acadêmico deveriam estar
> incentivando eventos locais (na própria universidade) para ampliação da
>
> comunidade de software livre e, principalmente, para alinhar a formação
> acadêmica com as demandas do mercado. Caso contrário, continuaremos tendo
> engenheiros cartógrafos, geógrafos, etc ganhando muito mal, pois não sabem
>
> projetar, apenas "apertar botões" de softwares proprietários. Com o baixo
> nível da formação acadêmica no segmento de geotenoclogias no Brasil, eu
> desconsidero comentários do tipo: "trocar uma Ferrari por um Fiat Uno
>
> tunado". Estes profissionais, se conseguirem emprego, não ganharão mais de
> 1.000 reais no mercado privado.
>
> 8. Não posso dizer que realmente houve uma "tentativa" anterior de trazer o
> FOSS4G, pois não foi produzido (ou eu não vi) nenhum documento com o
>
> planejamento físico-financeiro. Não conseguimos nem mesmo chegar a um
> consenso sobre o local. A proposta do Rafael Sperb foi Floripa, mas eu não
> concordei com isso, pois mais uma vez estávamos pensando de forma limitada.
>
> Ao meu ver, o evento precisa iniciar no eixo Rio-Sampa, pois até mesmo o
> Geobrasil que iniciou no sul migrou para SP. O evento não pode ter um
> enfoque acadêmico. Para eventos acadêmicos, cada universidade pode fazer o
>
> seu de forma independente pois os custos são baixo.
>
> Acredito que a discussão é imporante e que as idéias devam ser apresentadas.
> Porém, enquanto não definirmos uma linha de ação clara e montarmos um
> projeto bem estruturado para recebermos o FOSS4G tudo não passa de
>
> discussão, ou seja, nunca teremos resultados.
>
> No Latinoware, pretendo apresentar e discutir as propostas em relação ao
> planejamento estratégico para os próximos eventos do OSGeo Brasil. Neste
> momento, é importante que cada um diga como pode pretende ajudar sem contar
>
> com "apoios externos" que são incertos.
>
> []s Uchoa
>
>
>
> --
> Bendirei o senhor em todo o tempo,
> Na minha boca sempre o seu louvor
> Sl 34 (33),1–16
>
> _______________________________________________
> Brasil mailing list
> Brasil em lists.osgeo.org
> http://lists.osgeo.org/mailman/listinfo/brasil
>
>


-- 
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