[Portugal] dados raster

dncarreira DCarreira at edia.pt
Wed Nov 25 06:46:18 EST 2009


Carlos,

Quando o formato de saída é o GTiff ou ECW, que podem incluir a
georreferenciação no próprio ficheiro .tif/.ecw, o GDAL mantém a informação
que detecta nos ficheiros originais. No caso caso do JPEG como no comando
indicado pelo Luís se exporta o world file, pelo menos as coords ficam
garantidas. Em relação ao sistema de coordenadas já não me lembro se é
criado algum ficheiro que o identifique, mas pode não ser necessário
consoante o programa onde os jpegs serão lidos.

Quanto ao tilling que referi no meu 1º email, queria referir-me ao tiling
interno nos ficheiros tif com a opção "-co tiled=yes". Esta opção permite um
acesso mais rápido a uma região dentro de um ficheiro.

Para o MapServer é mais rápido servir tudo em tiffs descomprimidos. A
compressão deve ser bem escolhida. No caso de ortos (24 bit, 3 bandas),
penso que a melhor compressão é do tipo lzw, usando as opções "-co
COMPRESS=LZW -co PREDICTOR=2". Fiz um artigo em tempos com as opções e
sintaxes: http://blog.viasig.com/2009/01/gdal-formatos-comprimidos/, mas não
testei a performance.

Outra questão que podes querer considerar é a criação de overviews... ou
seja, se criares ficheiros com resoluções piores, que são usados para certos
intervalos de escalas, podes depois criar um GROUP LAYER no MapServer em que
cada resolução é visível apenas a determinadas escalas. Consoante o
utilizador faz zoomin, é mostrado um layer de melhor resolução, em sucessão
até à melhor resolução nas escalas maiores. Este tipo de abordagem dá o
melhor desempenho e também funciona nos clientes desktop. Até dispensa
manter uma cópia dos ortos em JPEG.

Finalmente, quando se criam estas imagens de resolução inferior, devem-se
agregar em ficheiros de maior extensão geográfica, para reduzir o número de
ficheiros que têm de ser lidos. Isto tem um impacto significativo no
desempenho. É mais dispendioso ler um enorme n.º de ficheiros pequenos, do
que ler um pequeno n.º de grandes ficheiros (com limites, claro).

Suponho que a utilização do TILEINDEX no MapServer também é feita...

Já agora, o gdalinfo não mostra a profundidade de cor e n.º de bandas das
imagens?

Até breve.
Duarte




carlos sousa wrote:
> 
> Boas,
> 
> Luis, muito obrigado pelas dicas que são de extrema utilidade neste
> processo de trabalho, o qual agradecemos a ajuda e esperamos, um dia,
> poder retribuir de forma identica.
> Queria, só perguntar mais uma coisa, e para não bater no ceguinho,
> preciso de saber se o processo de transformação do gdal_translate,
> mantem a georeferenciação do ficheiro original, ou se é necessário
> fazer uma nova georeferenciação?
> Os .tff e .ecw que tenho já estão georeferenciados no ambiente que já
> temos actualmente da esri.
> 
> Obrigado
> 
> Carlos
> 
> 2009/11/24 Luís Ferreira <lferreira75.1  gmail.com>:
>>
>> Podes usar uma aplicação para verificar se a cor é indexada. O GIMP é
>> opensource e fica pouco atrás de um Photoshop.
>>
>> Se as imagens tiverem apenas uma banda e um colormap, são de cor
>> indexada. Um exemplo é a série cartográfica m888 (1:25000) da Carta
>> Militar de Portugal, do IgeoE.
>>
>> No caso dos ecw, retirando a opção -expand, será:
>>
>> find . -type f -name '*.ecw' -exec gdal_translate -of JPEG -co
>> "WORLDFILE=YES" {} {}.jpg \;
>>
>> Para a leitura do formato ecw terás de ter as librarias GDAL compiladas
>> com suporte para ECW.
>>
>> No caso do Ubuntu/Debian é relativamente fácil adicionando as fontes
>> https://launchpad.net/~ubuntugis/+archive/ubuntugis-unstable  à
>> source.list de repositórios.
>>
>> Instalar o pacote gdal-ecw-src via Synaptic ou apt-get install e seguir
>> as indicações em /usr/share/doc/gdal-ecw-src/README.Debian.
>>
>> #apt-get install gdal-ecw-src
>> Copiar libecwj2-3.3 para /usr/local/libecwj2-3.3, compilar e instalar
>> normalmente (os ficheiros vão encontrar-se em /usr/local/lib).
>> #sudo gdal-ecw-build /usr/local/
>> #sudo ldconfig
>> #gdalinfo --formats | grep -i ecw
>>
>>
>>
>> On Tue, 2009-11-24 at 21:02 +0000, carlos sousa wrote:
>>> Boas,
>>>
>>> Obrigado pelos 2 centimos. Como sei se os tiff são de cor indexada? e
>>> já agora, o procedimento para converter os ecw é o mesmo sugerido nos
>>> comandos find ?
>>>
>>> Obrigado,
>>>
>>> Carlos
>>>
>>> 2009/11/24 Luís Ferreira <lferreira75.1  gmail.com>:
>>> > My two cents.
>>> >
>>> > Um exemplo para conversão de formato em Ubuntu/Debian, usando
>>> > gdal_tranlate e gdaladdo para a criação de overviews. Adapta consoante
>>> > necessário.
>>> >
>>> > A opção -expand é necessária apenas no caso de teres tifs com cor
>>> > indexada.
>>> >
>>> > find . -type f -name '*.tif' -exec gdal_translate -of JPEG -expand rgb
>>> > -co "WORLDFILE=YES" {} {}.jpg \;
>>> >
>>> > find . -type f -name '*.jpg' -exec gdaladdo -r gauss -ro {} 2 4 8 \;
>>> >
>>> > Em relação a serviços WMS para WWW dou a ideia de output em formato
>>> png.
>>> > Já usei este formato de output com uma velocidade de upload sofrível e
>>> > as percas de profundidade de cor cor não são relevantes. Outras ideias
>>> > são, tal como referido pelo Duarte Carreira, um TileIndex e uma cache.
>>> > Nunca usei o TileCache mas usei cache baseado em Apache com bons
>>> > resultados. Um framework que está aí para ficar: Mapfish :)
>>> >
>>> > find . -type f -name '*.tif' -exec gdal_translate -of JPEG -expand rgb
>>> > -co "WORLDFILE=YES" {} {}.jpg \;
>>> >
>>> > Bom trabalho e "fritadelas" no cêrebro.
>>> >
>>> > On Tue, 2009-11-24 at 20:00 +0000, carlos sousa wrote:
>>> >> Boas,
>>> >>
>>> >> Obrigado pelo entusiasmo mostrado. Julgo que vou optar, numa fase
>>> >> inicial, em usar os tiff pois não tenho problemas com espaço em
>>> disco,
>>> >> nem com a rede local pois esta está a funcionar em GBps e tenho fibra
>>> >> óptica a ligar os servidores aos switch onde estao os utilizadores.
>>> >> Em alternativa pode-se usar os jpegs e png pois estou a trabalhar com
>>> >> os dados reduzidos ao meu concelho, logo não devo ter muito mais do
>>> >> que uns 18-25gb ocupados com os tiff.Quando tiver tudo direitinho a
>>> >> funcionar como WMS, posso acrescentar outro serviço em jpg para poder
>>> >> ser visualizado pela internet sem grandes atrasos.
>>> >> Sendo um adepto das tecnologias abertas, apenas vou pedir ao pessoal
>>> >> para dar uma ajuda a criar o processo de converter as minhas cartas
>>> >> militares em tiff e os ortofotos em ecw para o mesmo formato, 1º em
>>> >> tiff comprimido e 2º em jpg.
>>> >>
>>> >> Obrigado
>>> >>
>>> >> Carlos
>>> >>
>>> >> 2009/11/24 dncarreira <DCarreira  edia.pt>:
>>> >> >
>>> >> > Carlos,
>>> >> >
>>> >> > Em 1º lugar, parabéns pelo avanço no projecto.
>>> >> >
>>> >> > Em relação aos rasters, a opção que indicas parece ser a mais
>>> universal,
>>> >> > porque embora o PostGIS tenha já um projecto de suporte a raster na
>>> bd, o
>>> >> > acesso aos mesmos é ainda muito restrito. Teremos de aguardar até
>>> que se
>>> >> > massifique esta opção.
>>> >> >
>>> >> > Há formas de optimizar o acesso aos rasters no MapServer, e aqui
>>> julgo que
>>> >> > valerá muito a pena investir o tempo suficiente até afinar bem a
>>> >> > configuração. Material não falta e o processo não é muito
>>> complicado:
>>> >> > http://mapserver.org/optimization/raster.html
>>> >> >
>>> >> > A questão de escolher o formato de imagem para criar o repositório
>>> já é mais
>>> >> > ambiguo e é preciso alguns testes. O Tiff é o mais rápido mas ocupa
>>> mais
>>> >> > espaço, e a partir de certo tamanho compensa usar um formato
>>> comprimido como
>>> >> > o ECW (porque o acesso ao disco começa a ser mais lento que a
>>> >> > descompressão). Aqui começam as questões de licenciamento... é
>>> preciso
>>> >> > investigar se podemos ou não usar o driver ECW para comprimir as
>>> nossas
>>> >> > imagens. (Isto tem mudado e já não tenho a certeza disto, mas penso
>>> que
>>> >> > podemos comprimir até certo tamanho.)
>>> >> > Uma opção a ter em conta será Tiff com compressão JPEG, mas
>>> testando é que
>>> >> > se conclui o que funciona melhor para as imagens em causa.
>>> >> >
>>> >> > Claro que criar overheads (pirâmides) é essencial para imagens de
>>> grande
>>> >> > resolução. E tilling quando cobrem áreas geográficas relativamente
>>> grandes
>>> >> > quando comparadas com as visualizações mais comuns feitas pelos
>>> nossos
>>> >> > utilizadores.
>>> >> >
>>> >> > Bom trabalho, e diz-nos as conclusões a que chegarem! Aqui está uma
>>> óptima
>>> >> > apresentação!
>>> >> >
>>> >> > Um abraço,
>>> >> > Duarte
>>> >> >
>>> >> >
>>> >> >
>>> >> > carlos sousa wrote:
>>> >> >>
>>> >> >> Caros amigos,
>>> >> >>
>>> >> >> Quero partilhar convosco a novidade do facto de nós aqui no nosso
>>> >> >> serviço ja termos implementado a utilização a das ferramentas sig
>>> em
>>> >> >> opensource, a cerca de 3/5 do objectivo pretendido, deixar de
>>> depender
>>> >> >> de estruturas closed source sig e redução de custos:
>>> >> >>
>>> >> >> 1 - 5 : Trabalho em desktop opensource sig: QGIS, uDig e gvSig;
>>> >> >> 2 - 5 : Criação do servidor e base de dados postgres/postgis ;
>>> >> >> 3 - 5 : Carregamento dos dados vectoriais, cartográficos,
>>> temáticos e
>>> >> >> diversos;
>>> >> >>
>>> >> >> falta:
>>> >> >>
>>> >> >> 4 - 5 : Carregamento dos dados raster, ortofotos, cartas
>>> militares,
>>> >> >> blue marble, 500k, crif;
>>> >> >> 5 - 5 : Formação interna junto dos diversos sectores que utilizam
>>> ou
>>> >> >> tem necessidade de gerar informação gráfica;
>>> >> >>
>>> >> >> Para chegar a este ponto contamos com a formação da amal e apoios
>>> no
>>> >> >> OSGEO-Pt e com a ajuda preciosa da ferramenta gisvm do Ricardo
>>> Pinho,
>>> >> >> sem a qual não teriamos chegado a este patamar em tão pouco tempo.
>>> >> >>
>>> >> >> Gostava era de contar com a vossa ajuda para ter a noção de qual o
>>> >> >> melhor passo a dar para passar à fase 4-5: dados raster. Isto é um
>>> >> >> pouco complicado pois passar da solução
>>> >> >> ArcSDE/ArcIMS/MicrosoftSQLServer para a solução opensource, não é
>>> >> >> possível replicar a existencia de dados raster na base de dados
>>> >> >> postgis, à semelhanca da solução da Esri.
>>> >> >>
>>> >> >> A ideia com que fiquei e com a ajuda do ricardo pinho, a sugestão
>>> é
>>> >> >> criar um servidor mapserver ou geoserver para servirem WMS dos
>>> dados
>>> >> >> raster, e que tanto serve para os projectos internos em desktop,
>>> como
>>> >> >> para o openlayers ou pmapper para o exterior e internet.
>>> >> >>
>>> >> >> Esta solução é a mais sensata no estado actual das soluções
>>> opensource
>>> >> >> ou há outra solução a poder implementar e que eu não tenha
>>> >> >> conhecimento
>>> >> >>
>>> >> >> Obrigado
>>> >> >>
>>> >> >> Carlos Sousa
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