[QGIS-pt] Declives de caminhos rurais

Joana Mendes joana.939.mendes at gmail.com
Wed Dec 7 13:21:45 PST 2016


Caro Antonio
Muito obrigada pela extensão, contudo o meu colega já tinha criado a
shapefile de pontos utilizando outra extensão que ele já tinha.
Construimos o raster de elevação que todos os meus colegas consideraram de
muito boa qualidade, e determinámos os declives.
No entanto aconteceu algo que não conseguimos perceber, e estivemos toda a
tarde a tentar resolver a questão, mas sem resultado. O problema é que os
declives atingem valores muito altos (600, 700), sem correspondência com o
raster. Será que fizemos alguma coisa mal feita? Se quiser, podemos mandar
a shapefile com estes valores.
Ficamos a aguardar o seu contacto (amanhã estarei disponível para trocar
impressões consigo).
Joana

No dia 7 de dezembro de 2016 às 11:46, Antonio Sobral Almeida <
sobral.almeida at gmail.com> escreveu:

> Bom dia, Joana,
>
> 1 - discrepância de resultados: provávelmente a Joana calculou (à mão) os
> declives seccionando os caminhos pelas curvas de nível, e calculando o
> declive de cada um destes segmentos;  tambem a sua GRID poderá ter sido
> calculada pelo método IDW, método este que "suaviza" a variação brusca de
> declives; isto tudo conjugado dará a diferença que encontrou nos declives
> máximos; como se diz no manual, dever-se-á sempre recorrer a uma carta
> topográfica fidedigna (Cartas Militares, por exemplo) para verificar os
> declives máximos, sobretudo os de maior valor;
>
> 2 - infelizmente a ESRI fechou o site dos scripts da ArcView! No entanto,
> o seu colega pode usar um qualquer processo para criar uma shape de pontos,
> espaçados de uma determinada distância; convém que fiquem, na tabela de
> atributos, as cotas das isolinhas que deram origem aos pontos; em anexo
> segue o ficheiro zipado da extensão Mileage Maker.
>
> Qualquer dúvida não hesite em contactar.
>
> Cumprimentos,
> António Almeida
>
> 2016-12-06 18:28 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes at gmail.com>:
>
>> Caro António
>> Muito, muito obrigada pela sua ajuda! Tenho um colega senior que ainda
>> trabalha com o Arcvieiw 3.2, onde a sua extensão foi montada, e fizémos um
>> ficheiro polylineZ baseado numa grid de elevação de 30 metros, e depois
>> criamos a polilineM, e calculámos os declives, seguindo o manual. Em
>> seguida calculámos à mão os declives de alguns caminhos curtos, e vimos que
>> os declives médios são praticamente iguais aos calculados pela extensão,
>> apenas nalguns declives máximos aparecem diferenças de 8 ou 9% em relação
>> ao calculado a mão! As coordenadas dos declives máximos dão muito jeito
>> para localizar estes pontos, que é muito importante para o meu trabalho de
>> mestrado.
>> O meu colega diz que não consegue encontrar o site da esri onde devem
>> estar as extensões, porque ele diz que gostava de criar uma grid de 10
>> metros a partir das curvas de nível, mas não tem a extensão milege maker.
>> Mais uma vez muito obrigada pela sua preciosa ajuda!
>> Joana
>>
>> No dia 6 de dezembro de 2016 às 11:19, Antonio Sobral Almeida <
>> sobral.almeida at gmail.com> escreveu:
>>
>>> Bom dia, Joana,
>>>
>>> Há uns dez anos atrás, deparei-me com um problema em tudo idêntico ao
>>> seu: tinha uns centos de quilómetros de estradas florestais em terra
>>> batida, pela serra afora, e, para além de outras características, era
>>> necessário determinar, com muita aproximação, os declives longitudinais,
>>> que, por sua vez, iriam determinar os tipos de viaturas de bombeiros que
>>> podiam passar nesses caminhos, para acederem, o mais rápidamente possível,
>>> a um determinado local para combate directo ao fogo.
>>>
>>> Fartei-me tambem de procurar por algo mais ou menos robótico para
>>> determinar declives, mas depressa concluí que tinha que meter mãos à obra,
>>> e organizar uma extensão que fizesse esse trabalho.
>>>
>>> De uma extensão muito simples, foi evoluindo, e hoje vai na versão 5.8,
>>> que pode descarregar do link abaixo, juntamente com as respectivas
>>> instruções, e faz aquilo que você pretende.
>>>
>>> Caso surja alguma dúvida, não hesite em contactar por este site, para
>>> trocarmos experiências e ideias sobre este assunto.
>>>
>>> https://www.dropbox.com/s/qjl5trztjrcm3c7/declives_caminhos_5_8.zip?dl=0
>>>
>>> Boa sorte
>>> António Almeida
>>>
>>> 2016-12-02 19:19 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes at gmail.com>:
>>>
>>>> Obrigada Nelson, dei uma vista de olhos, mas o meu problema é simples:
>>>> falta de tempo (tenho poucas semanas para apresentar o trabalho com que me
>>>> comprometi julgando, talvez ingénuamente, que esta questão dos declives de
>>>> caminhos já estaria mais que resolvida), 2600 km de caminhos divididos em 4
>>>> mil e tal troços!
>>>> Sem uma qualquer ferramente que me automatize completamente esta
>>>> tarefa, não me safo!
>>>> Joana
>>>>
>>>> No dia 2 de dezembro de 2016 às 06:45, Nelson Silva <
>>>> nelson.jgs at gmail.com> escreveu:
>>>>
>>>>> Olá Joana,
>>>>>
>>>>> Deparei-me com o post abaixo. Vi só na diagonal, mas parece que aborda
>>>>> aquilo que pretende.
>>>>>
>>>>> http://themagiscian.com/2016/11/28/dem-slope-calculations-bi
>>>>> cycle-routing-postgis/
>>>>>
>>>>>
>>>>> Espero que ajude alguma coisa.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Bom trabalho
>>>>>
>>>>> Nelson silva
>>>>>
>>>>> Enviado do meu iPhone
>>>>>
>>>>> No dia 01/12/2016, às 23:14, Joana Mendes <joana.939.mendes at gmail.com>
>>>>> escreveu:
>>>>>
>>>>> Caríssimos,
>>>>>
>>>>> Depois de muito navegar pela Internet, de ter lido com a máxima
>>>>> atenção os vossos posts, concluo (por agora) que:
>>>>>
>>>>> 1 - calcular declives de caminhos tem mesmo muito que se lhe diga
>>>>> (conforme diz Alexandre);
>>>>> 2 - o MDT (ou melhor, a sua qualidade) tem um papel fulcral neste
>>>>> processo; utilizar um raster de declives (slope grid) é mesmo para esquecer!
>>>>> 3- ainda não consegui atinar com o processo sugerido por André; mas o
>>>>> meu problema continua a ser o de ter 2600 km, distribuídos por 4763 troços,
>>>>> é uma missão (quase) impossível! Só mesmo um processo automatizado consegue
>>>>> dar conta do recado.
>>>>>
>>>>> Continuarei a procurar activamente pela Internet, e fico
>>>>> (ansiosamente) à espera de uma boa ideia para isto!
>>>>>
>>>>> Obrigadíssima de qualquer maneira
>>>>> Joana
>>>>>
>>>>> No dia 30 de novembro de 2016 às 07:50, Joana Mendes <
>>>>> joana.939.mendes at gmail.com> escreveu:
>>>>>
>>>>>> Muito obrigada pelas respostas. Estou a estudá-las e voltarei ao
>>>>>> contacto em breve. Joana
>>>>>>
>>>>>> No dia 29 de novembro de 2016 às 09:37, Pedro Venâncio <
>>>>>> pedrongvenancio at gmail.com> escreveu:
>>>>>>
>>>>>>> Por acaso lembrei-me hoje de manhã do teu plugin Alexandre! De facto
>>>>>>> existem diversas formas de chegar a uma solução.
>>>>>>>
>>>>>>> O único [e principal] problema são os dados de que se dispõe para
>>>>>>> aplicar essas técnicas. Há uns meses tive de calcular o declive de uma
>>>>>>> estrada com precisão e em muito pouco tempo. Até tinha um conjunto bastante
>>>>>>> bom de pontos naquela zona, mas mesmo assim não correu bem (tinha declives
>>>>>>> de mais de 80%), porque os pontos representavam a cota do terreno, que era
>>>>>>> extremamente acidentado, e o perfil da estrada ficou totalmente "diluído"
>>>>>>> na interpolação para o cálculo do MDT. A solução, nessa ocasião, passou
>>>>>>> mesmo por usar apenas os pontos que tinha na estrada e fazer os cálculos do
>>>>>>> declive com a diferença de cota, numa folha de cálculo. Mais tarde melhorei
>>>>>>> a precisão, fazendo o levantamento do eixo da estrada com GNSS, com
>>>>>>> pós-processamento.
>>>>>>>
>>>>>>> Quando a grande precisão não é um requisito fundamental, como por
>>>>>>> exemplo na preparação de provas desportivas, o que faço é o que descrevi no
>>>>>>> email anterior.
>>>>>>>
>>>>>>> Cumprimentos,
>>>>>>> Pedro Venâncio
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>> No dia 29 de novembro de 2016 às 08:17, Alexandre Neto <
>>>>>>> senhor.neto at gmail.com> escreveu:
>>>>>>>
>>>>>>>> O problema dos declives em caminhos(ou em quaisquer outras linhas)
>>>>>>>> tem muito que se lhe diga, porque a maior parte das vezes o caminho não
>>>>>>>> toma a direcção do declive máximo (que é o que obtemos da ferramenta
>>>>>>>> slope), mas até o de menor declive com caminhos de vão ao longo da colina.
>>>>>>>>
>>>>>>>> A meu ver, o procedimento a adoptar é parecido com o que o André
>>>>>>>> descreveu, mas em vez de se usar o plugin sample points para obter declives
>>>>>>>> de um raster, deve obter -se alturas. E depois pode-se fazer o cálculo dos
>>>>>>>> declives usando a diferença de elevação e as coordenadas X e Y de de cada
>>>>>>>> vértice consecutivo.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Todo o processo pode ser feito usando um pequeno script em Python.
>>>>>>>> O código do plugin walking time, quase faz o que precisas. Era uma questão
>>>>>>>> de o alterar ligeiramente. Para recolher a informação necessária. (Até era
>>>>>>>> capaz de dar um plugin útil)
>>>>>>>>
>>>>>>>> Alexandre Neto
>>>>>>>>
>>>>>>>> A ter, 29/11/2016, 07:55, Andre Mano <andre.s.mano at gmail.com>
>>>>>>>> escreveu:
>>>>>>>>
>>>>>>>>> O problema que descreves parece ser simples mas a execucao nao e
>>>>>>>>> assim tao simples, mas e possivel. Uma outra alternativa seria algo do
>>>>>>>>> genero:
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> 1 - extrair os vertices de cada um dos caminhos como pontos e
>>>>>>>>> agrupar esses pontos segundo o caminho a que pertencem. Precisas de dois
>>>>>>>>> passos para isso:
>>>>>>>>>
>>>>>>>>>               a) - *Vector > Geometry Tools > Extract Nodes *(obter
>>>>>>>>> os vertices das linhas)
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> *              b) - Vector > Data Management Tools > Join by
>>>>>>>>> location *(adicionar a tabela de atrubutos dos vertices ao
>>>>>>>>> nome/id de onde provem cada um dos vertices)
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> 2 - *Vector > Geometry Tools > Add geometry columns *para
>>>>>>>>> adicionar as coordenadas X e Y de cada um destes pontos
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> 3 - Utilizar o plugin *Point Sampling Tool* para extrarir os
>>>>>>>>> valores de declive do raster
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Agora tens todos os dados que necessitas na tabela de atributos.
>>>>>>>>> Apenas tens que filtrar/usar field calculator os resultados para obter o
>>>>>>>>> que precisas (declives médio, máximo e a localização do declive
>>>>>>>>> máximo). Talvez mais facil trabalhar esta informacao no Open Office Calc,
>>>>>>>>> Excell ou algo do genero e depois adicionar a tabela resultante ao QGIS.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> A partir destes dados, podes agora produzir uma tabela com a
>>>>>>>>> informacao necessaria (que devera ser uma tabela com 5 atributos - nome/id
>>>>>>>>> do caminho | declives médio | máximo | coodenada X do declive
>>>>>>>>> máximo | coordenada Y do declive maximo|
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Resta um ultimo passo:
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> 4 - Fazer um Join by attributes em que a condicao do join e o
>>>>>>>>> id/nome da linha, que em principio sera coincidente tanto para o layer
>>>>>>>>> original dos caminhos, como na tabela que contem a nova informacao.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> E claro que todo este procedimento parte do principio que o raster
>>>>>>>>> de declives tem qualidade suficiente, o que podera ser um problema, como
>>>>>>>>> disso o Pedro.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Espero que ajude,
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Andre Mano
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> 2016-11-29 2:02 GMT+01:00 Pedro Venâncio <
>>>>>>>>> pedrongvenancio at gmail.com>:
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Boa noite Joana Mendes,
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Os procedimentos para calcular os declives e associá-los à tabela
>>>>>>>>> de atributos das linhas são relativamente simples. Uma das possibilidades
>>>>>>>>> seria calcular os declives, converter o resultado para vetor e fazer um
>>>>>>>>> intersect com os caminhos.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> O problema está, a meu ver, na resolução do MDT. A menos que seja
>>>>>>>>> uma área muito plana e homogénea, e o MDT tenha elevadíssima resolução, ou
>>>>>>>>> dificilmente conseguirá chegar aos declives dos caminhos com uma precisão
>>>>>>>>> aceitável. Se um caminho tiver 4 / 5 metros de largura, seria necessário um
>>>>>>>>> MDT de grande resolução espacial e grande precisão altimétrica para
>>>>>>>>> refletir corretamente esse lineamento. Só com um levantamento do tipo
>>>>>>>>> LiDAR.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> O que poderá fazer é o levantamento dos caminhos com GPS/GNSS em
>>>>>>>>> modo cinemático, RTK ou pós-processado, usando as estações das redes RENEP
>>>>>>>>> / SERVIR.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Cumprimentos,
>>>>>>>>> Pedro Venâncio
>>>>>>>>>
>>>>>>>>>
>>>>>>>>>
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> No dia 28 de novembro de 2016 às 22:20, Joana Mendes <
>>>>>>>>> joana.939.mendes at gmail.com> escreveu:
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Date: Mon, 28 Nov 2016 20:40:18 +0000
>>>>>>>>> Subject: Declives de caminhos rurais
>>>>>>>>> Bom dia a todos!
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Trabalho com o QGIS há cerca de 1 ano, e preciso de calcular e
>>>>>>>>> colocar na tabela de atributos os declives médio, máximo e a localização do
>>>>>>>>> declive máximo, de cada troço de uma rede de caminhos rurais, quase todos
>>>>>>>>> em terra batida, num total de 2639 km !
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Tentei fazer isto através de um raster de elevação (modelo digital
>>>>>>>>> do terreno), mas os resultados foram contraditórios com a realidade num
>>>>>>>>> número de casos muito elevado, o que inviabiliza este método.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Calcular estes valores troço a troço daria para um exército de
>>>>>>>>> utilizadores a trabalhar durante muitas semanas.
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Alguém me pode indicar se existe algum método, seja um plugin ou
>>>>>>>>> outro método qualquer para calcular estes valores de forma automática?
>>>>>>>>>
>>>>>>>>> Muito grata pela ajuda,
>>>>>>>>> Joana
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