[QGIS-pt] Declives de caminhos rurais

Antonio Sobral Almeida sobral.almeida at gmail.com
Wed Dec 7 03:46:13 PST 2016


Bom dia, Joana,

1 - discrepância de resultados: provávelmente a Joana calculou (à mão) os
declives seccionando os caminhos pelas curvas de nível, e calculando o
declive de cada um destes segmentos;  tambem a sua GRID poderá ter sido
calculada pelo método IDW, método este que "suaviza" a variação brusca de
declives; isto tudo conjugado dará a diferença que encontrou nos declives
máximos; como se diz no manual, dever-se-á sempre recorrer a uma carta
topográfica fidedigna (Cartas Militares, por exemplo) para verificar os
declives máximos, sobretudo os de maior valor;

2 - infelizmente a ESRI fechou o site dos scripts da ArcView! No entanto, o
seu colega pode usar um qualquer processo para criar uma shape de pontos,
espaçados de uma determinada distância; convém que fiquem, na tabela de
atributos, as cotas das isolinhas que deram origem aos pontos; em anexo
segue o ficheiro zipado da extensão Mileage Maker.

Qualquer dúvida não hesite em contactar.

Cumprimentos,
António Almeida

2016-12-06 18:28 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>:

> Caro António
> Muito, muito obrigada pela sua ajuda! Tenho um colega senior que ainda
> trabalha com o Arcvieiw 3.2, onde a sua extensão foi montada, e fizémos um
> ficheiro polylineZ baseado numa grid de elevação de 30 metros, e depois
> criamos a polilineM, e calculámos os declives, seguindo o manual. Em
> seguida calculámos à mão os declives de alguns caminhos curtos, e vimos que
> os declives médios são praticamente iguais aos calculados pela extensão,
> apenas nalguns declives máximos aparecem diferenças de 8 ou 9% em relação
> ao calculado a mão! As coordenadas dos declives máximos dão muito jeito
> para localizar estes pontos, que é muito importante para o meu trabalho de
> mestrado.
> O meu colega diz que não consegue encontrar o site da esri onde devem
> estar as extensões, porque ele diz que gostava de criar uma grid de 10
> metros a partir das curvas de nível, mas não tem a extensão milege maker.
> Mais uma vez muito obrigada pela sua preciosa ajuda!
> Joana
>
> No dia 6 de dezembro de 2016 às 11:19, Antonio Sobral Almeida <
> sobral.almeida  gmail.com> escreveu:
>
>> Bom dia, Joana,
>>
>> Há uns dez anos atrás, deparei-me com um problema em tudo idêntico ao
>> seu: tinha uns centos de quilómetros de estradas florestais em terra
>> batida, pela serra afora, e, para além de outras características, era
>> necessário determinar, com muita aproximação, os declives longitudinais,
>> que, por sua vez, iriam determinar os tipos de viaturas de bombeiros que
>> podiam passar nesses caminhos, para acederem, o mais rápidamente possível,
>> a um determinado local para combate directo ao fogo.
>>
>> Fartei-me tambem de procurar por algo mais ou menos robótico para
>> determinar declives, mas depressa concluí que tinha que meter mãos à obra,
>> e organizar uma extensão que fizesse esse trabalho.
>>
>> De uma extensão muito simples, foi evoluindo, e hoje vai na versão 5.8,
>> que pode descarregar do link abaixo, juntamente com as respectivas
>> instruções, e faz aquilo que você pretende.
>>
>> Caso surja alguma dúvida, não hesite em contactar por este site, para
>> trocarmos experiências e ideias sobre este assunto.
>>
>> https://www.dropbox.com/s/qjl5trztjrcm3c7/declives_caminhos_5_8.zip?dl=0
>>
>> Boa sorte
>> António Almeida
>>
>> 2016-12-02 19:19 GMT+00:00 Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>:
>>
>>> Obrigada Nelson, dei uma vista de olhos, mas o meu problema é simples:
>>> falta de tempo (tenho poucas semanas para apresentar o trabalho com que me
>>> comprometi julgando, talvez ingénuamente, que esta questão dos declives de
>>> caminhos já estaria mais que resolvida), 2600 km de caminhos divididos em 4
>>> mil e tal troços!
>>> Sem uma qualquer ferramente que me automatize completamente esta tarefa,
>>> não me safo!
>>> Joana
>>>
>>> No dia 2 de dezembro de 2016 às 06:45, Nelson Silva <
>>> nelson.jgs  gmail.com> escreveu:
>>>
>>>> Olá Joana,
>>>>
>>>> Deparei-me com o post abaixo. Vi só na diagonal, mas parece que aborda
>>>> aquilo que pretende.
>>>>
>>>> http://themagiscian.com/2016/11/28/dem-slope-calculations-bi
>>>> cycle-routing-postgis/
>>>>
>>>>
>>>> Espero que ajude alguma coisa.
>>>>
>>>>
>>>> Bom trabalho
>>>>
>>>> Nelson silva
>>>>
>>>> Enviado do meu iPhone
>>>>
>>>> No dia 01/12/2016, às 23:14, Joana Mendes <joana.939.mendes  gmail.com>
>>>> escreveu:
>>>>
>>>> Caríssimos,
>>>>
>>>> Depois de muito navegar pela Internet, de ter lido com a máxima atenção
>>>> os vossos posts, concluo (por agora) que:
>>>>
>>>> 1 - calcular declives de caminhos tem mesmo muito que se lhe diga
>>>> (conforme diz Alexandre);
>>>> 2 - o MDT (ou melhor, a sua qualidade) tem um papel fulcral neste
>>>> processo; utilizar um raster de declives (slope grid) é mesmo para esquecer!
>>>> 3- ainda não consegui atinar com o processo sugerido por André; mas o
>>>> meu problema continua a ser o de ter 2600 km, distribuídos por 4763 troços,
>>>> é uma missão (quase) impossível! Só mesmo um processo automatizado consegue
>>>> dar conta do recado.
>>>>
>>>> Continuarei a procurar activamente pela Internet, e fico (ansiosamente)
>>>> à espera de uma boa ideia para isto!
>>>>
>>>> Obrigadíssima de qualquer maneira
>>>> Joana
>>>>
>>>> No dia 30 de novembro de 2016 às 07:50, Joana Mendes <
>>>> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>>>>
>>>>> Muito obrigada pelas respostas. Estou a estudá-las e voltarei ao
>>>>> contacto em breve. Joana
>>>>>
>>>>> No dia 29 de novembro de 2016 às 09:37, Pedro Venâncio <
>>>>> pedrongvenancio  gmail.com> escreveu:
>>>>>
>>>>>> Por acaso lembrei-me hoje de manhã do teu plugin Alexandre! De facto
>>>>>> existem diversas formas de chegar a uma solução.
>>>>>>
>>>>>> O único [e principal] problema são os dados de que se dispõe para
>>>>>> aplicar essas técnicas. Há uns meses tive de calcular o declive de uma
>>>>>> estrada com precisão e em muito pouco tempo. Até tinha um conjunto bastante
>>>>>> bom de pontos naquela zona, mas mesmo assim não correu bem (tinha declives
>>>>>> de mais de 80%), porque os pontos representavam a cota do terreno, que era
>>>>>> extremamente acidentado, e o perfil da estrada ficou totalmente "diluído"
>>>>>> na interpolação para o cálculo do MDT. A solução, nessa ocasião, passou
>>>>>> mesmo por usar apenas os pontos que tinha na estrada e fazer os cálculos do
>>>>>> declive com a diferença de cota, numa folha de cálculo. Mais tarde melhorei
>>>>>> a precisão, fazendo o levantamento do eixo da estrada com GNSS, com
>>>>>> pós-processamento.
>>>>>>
>>>>>> Quando a grande precisão não é um requisito fundamental, como por
>>>>>> exemplo na preparação de provas desportivas, o que faço é o que descrevi no
>>>>>> email anterior.
>>>>>>
>>>>>> Cumprimentos,
>>>>>> Pedro Venâncio
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> No dia 29 de novembro de 2016 às 08:17, Alexandre Neto <
>>>>>> senhor.neto  gmail.com> escreveu:
>>>>>>
>>>>>>> O problema dos declives em caminhos(ou em quaisquer outras linhas)
>>>>>>> tem muito que se lhe diga, porque a maior parte das vezes o caminho não
>>>>>>> toma a direcção do declive máximo (que é o que obtemos da ferramenta
>>>>>>> slope), mas até o de menor declive com caminhos de vão ao longo da colina.
>>>>>>>
>>>>>>> A meu ver, o procedimento a adoptar é parecido com o que o André
>>>>>>> descreveu, mas em vez de se usar o plugin sample points para obter declives
>>>>>>> de um raster, deve obter -se alturas. E depois pode-se fazer o cálculo dos
>>>>>>> declives usando a diferença de elevação e as coordenadas X e Y de de cada
>>>>>>> vértice consecutivo.
>>>>>>>
>>>>>>> Todo o processo pode ser feito usando um pequeno script em Python. O
>>>>>>> código do plugin walking time, quase faz o que precisas. Era uma questão de
>>>>>>> o alterar ligeiramente. Para recolher a informação necessária. (Até era
>>>>>>> capaz de dar um plugin útil)
>>>>>>>
>>>>>>> Alexandre Neto
>>>>>>>
>>>>>>> A ter, 29/11/2016, 07:55, Andre Mano <andre.s.mano  gmail.com>
>>>>>>> escreveu:
>>>>>>>
>>>>>>>> O problema que descreves parece ser simples mas a execucao nao e
>>>>>>>> assim tao simples, mas e possivel. Uma outra alternativa seria algo do
>>>>>>>> genero:
>>>>>>>>
>>>>>>>> 1 - extrair os vertices de cada um dos caminhos como pontos e
>>>>>>>> agrupar esses pontos segundo o caminho a que pertencem. Precisas de dois
>>>>>>>> passos para isso:
>>>>>>>>
>>>>>>>>               a) - *Vector > Geometry Tools > Extract Nodes *(obter
>>>>>>>> os vertices das linhas)
>>>>>>>>
>>>>>>>> *              b) - Vector > Data Management Tools > Join by
>>>>>>>> location *(adicionar a tabela de atrubutos dos vertices ao nome/id
>>>>>>>> de onde provem cada um dos vertices)
>>>>>>>>
>>>>>>>> 2 - *Vector > Geometry Tools > Add geometry columns *para
>>>>>>>> adicionar as coordenadas X e Y de cada um destes pontos
>>>>>>>>
>>>>>>>> 3 - Utilizar o plugin *Point Sampling Tool* para extrarir os
>>>>>>>> valores de declive do raster
>>>>>>>>
>>>>>>>> Agora tens todos os dados que necessitas na tabela de atributos.
>>>>>>>> Apenas tens que filtrar/usar field calculator os resultados para obter o
>>>>>>>> que precisas (declives médio, máximo e a localização do declive
>>>>>>>> máximo). Talvez mais facil trabalhar esta informacao no Open Office Calc,
>>>>>>>> Excell ou algo do genero e depois adicionar a tabela resultante ao QGIS.
>>>>>>>>
>>>>>>>> A partir destes dados, podes agora produzir uma tabela com a
>>>>>>>> informacao necessaria (que devera ser uma tabela com 5 atributos - nome/id
>>>>>>>> do caminho | declives médio | máximo | coodenada X do declive
>>>>>>>> máximo | coordenada Y do declive maximo|
>>>>>>>>
>>>>>>>> Resta um ultimo passo:
>>>>>>>>
>>>>>>>> 4 - Fazer um Join by attributes em que a condicao do join e o
>>>>>>>> id/nome da linha, que em principio sera coincidente tanto para o layer
>>>>>>>> original dos caminhos, como na tabela que contem a nova informacao.
>>>>>>>>
>>>>>>>> E claro que todo este procedimento parte do principio que o raster
>>>>>>>> de declives tem qualidade suficiente, o que podera ser um problema, como
>>>>>>>> disso o Pedro.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Espero que ajude,
>>>>>>>>
>>>>>>>> Andre Mano
>>>>>>>>
>>>>>>>> 2016-11-29 2:02 GMT+01:00 Pedro Venâncio <pedrongvenancio  gmail.com
>>>>>>>> >:
>>>>>>>>
>>>>>>>> Boa noite Joana Mendes,
>>>>>>>>
>>>>>>>> Os procedimentos para calcular os declives e associá-los à tabela
>>>>>>>> de atributos das linhas são relativamente simples. Uma das possibilidades
>>>>>>>> seria calcular os declives, converter o resultado para vetor e fazer um
>>>>>>>> intersect com os caminhos.
>>>>>>>>
>>>>>>>> O problema está, a meu ver, na resolução do MDT. A menos que seja
>>>>>>>> uma área muito plana e homogénea, e o MDT tenha elevadíssima resolução, ou
>>>>>>>> dificilmente conseguirá chegar aos declives dos caminhos com uma precisão
>>>>>>>> aceitável. Se um caminho tiver 4 / 5 metros de largura, seria necessário um
>>>>>>>> MDT de grande resolução espacial e grande precisão altimétrica para
>>>>>>>> refletir corretamente esse lineamento. Só com um levantamento do tipo
>>>>>>>> LiDAR.
>>>>>>>>
>>>>>>>> O que poderá fazer é o levantamento dos caminhos com GPS/GNSS em
>>>>>>>> modo cinemático, RTK ou pós-processado, usando as estações das redes RENEP
>>>>>>>> / SERVIR.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Cumprimentos,
>>>>>>>> Pedro Venâncio
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> No dia 28 de novembro de 2016 às 22:20, Joana Mendes <
>>>>>>>> joana.939.mendes  gmail.com> escreveu:
>>>>>>>>
>>>>>>>> Date: Mon, 28 Nov 2016 20:40:18 +0000
>>>>>>>> Subject: Declives de caminhos rurais
>>>>>>>> Bom dia a todos!
>>>>>>>>
>>>>>>>> Trabalho com o QGIS há cerca de 1 ano, e preciso de calcular e
>>>>>>>> colocar na tabela de atributos os declives médio, máximo e a localização do
>>>>>>>> declive máximo, de cada troço de uma rede de caminhos rurais, quase todos
>>>>>>>> em terra batida, num total de 2639 km !
>>>>>>>>
>>>>>>>> Tentei fazer isto através de um raster de elevação (modelo digital
>>>>>>>> do terreno), mas os resultados foram contraditórios com a realidade num
>>>>>>>> número de casos muito elevado, o que inviabiliza este método.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Calcular estes valores troço a troço daria para um exército de
>>>>>>>> utilizadores a trabalhar durante muitas semanas.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Alguém me pode indicar se existe algum método, seja um plugin ou
>>>>>>>> outro método qualquer para calcular estes valores de forma automática?
>>>>>>>>
>>>>>>>> Muito grata pela ajuda,
>>>>>>>> Joana
>>>>>>>>
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