[QGIS-pt] 1as Jornadas Lusófonas CTIG 2014 - Coimbra - 11 a 13 Setembro 2014
Alexandre Neto
senhor.neto gmail.com
Terça-Feira, 23 de Setembro de 2014 - 16:09:13 PDT
Boa noite,
Já dei uma leitura "pela rama" ao artigo. E tenho de concordar com o
Ricardo quando diz que testar o software e compará-lo também é uma forma de
contribuir. Agora, creio que comparar o desempenho de um software baseado
em apenas no desempenho de 2 ferramentas, é um bocado limitador para depois
se tirar conclusões válidas, e nisso acho que o artigo peca bastante. Sei
que era só um exemplo, mas até que ponto as entidades públicas dependem do
desempenho do Clip e em que aspecto poderá isso influenciar a decisão de
optar ou não pelo OS?
Também achei estranho a permissa de que não seriam usadas ferramentas
"externas" e plugins. O qgis depende em muito de plugins que mais do que
contribuições isoladas da comunidade respondem a necessidades específicas
de conjuntos de utilizadores, mas que estão bastante acessíveis. Vejo isso
como uma vantagem, uma vez que o utilizador apenas instala os plugins que
necessita, ao contrário do ArcGIS em que tens centenas de ferramentas
instaladas que a maioria dos utilizadores nunca vão usar mas depois para
fazer uma operação tão simples como uma diferença (Erase no arcgis) é
necessário ter a versão mais cara.
Não sei se está pensado uma continuação deste estudo, mas seria
interessante uma comparação do software de uma forma mais robusta,
incluindo, para além do desempenho, a disponibilidade de ferramentas, a
facilidade de utilização ou user experience.
Para isso imagino definir umas quantas tarefas comuns a praticamente toda a
gente necessita num SIG Desktop (e.g. adição, visualização e simbologia de
dados geográficos de diferentes formatos; edição de dados vectoriais tanto
as geometrias como os atributos; análise espacial (um processo como a
definição da CRIF que implica diversos passos), algebra de mapas,
preparação de layouts e impressão). Depois, para cada uma das tarefas
averiguar o desempenho, a possibilidade ou não de desempenhar a tarefa e a
facilidade de o fazer (medindo por exemplo o número de passos ou cliques
necessários).
Depois então completar com a avaliação de custos. Que deveriam incluir o
preço do software, da manutenção e da formação.
Obviamente cada entidade precisaria de fazer os seu próprio estudo baseado
nas suas necessidades específicas, mas serviria para provar (ou não) se o
software open source tem ou não capacidade para resolver grande parte das
necessidades e com que consequências.
Será que algum aluno que fazer tese de mestrado sobre este assunto?
Cumprimentos,
Alexandre Neto
2014-09-23 22:21 GMT+01:00 Pedro Venâncio <pedrongvenancio gmail.com>:
> Olá Ricardo,
>
> Deve haver algum engano na TAREFA A (Recorte do raster (CRIF) com base no
> limite administrativo do distrito de Coimbra)
>
> 2) QGIS (Algoritmo desenvolvido em Python):
> Menu Vector > Ferramentas de geoprocessamento > Cortar > Configurar e
> executar
>
> Esta ferramenta do QGIS serve para fazer o recorte de vectores, que no
> fundo foi o que fizeram na TAREFA B.
>
> Qual foi a ferramenta que realmente usaram?
>
> Não é novidade que as ferramentas do menu Vector do QGIS têm problemas de
> performance. Como sabes, estas ferramentas pertenciam originalmente a um
> plugin denominado fTools, desenvolvido em Python. Creio que entretanto já
> foi feito o port para c++, mas não sei se foi de todas as ferramentas. Sei
> que estas ferramentas foram bastante refinadas numa versão empresarial do
> QGIS, mantida pela Sourcepole, mas ainda não foi feito o backport dessas
> melhorias para o QGIS master. Talvez o developer meeting que se avizinha
> traga novidades nessa matéria.
>
> Contudo, eu diria que o QGIS tem, neste momento, 3 ou 4 vias alternativas
> para cada uma das operações "básicas" de geoprocessamento, o que dá uma
> grande flexibilidade aos utilizadores. Concretamente para o recorte de
> rasters, tendo vectores como base, estou a ver:
> - Clip raster by mask (usa o GDAL);
> - Clip Grid with Polygon (usa as ferramentas do SAGA)
> - Diversas formas através das ferramentas do GRASS (r.mask, r.resample,
> r.mapcalc)
>
> Eu pessoalmente costumo usar o Clip Grid with Polygon, que é bastante
> rápido. Mas não consigo descarregar os dados que vocês usaram, para testar.
>
>
> Abraço,
> Pedro Venâncio
>
>
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