[QGIS-pt] Qgis - formação

João Gaspar joao.f.r.gaspar at gmail.com
Sat Apr 12 09:16:51 PDT 2014


Boas tarde,

acho que no fim a filosofia é dou um bocado de mim ao projecto hoje e
amanhã recebo de outros. Eu falo por experiência própria conheço o projecto
desde 2008, e fiquei fascinado com o crescimento dele nestes anos,
sentia-me mal em usá-lo apesar de ser gratuito, pois sabia que ele existe à
custa de um grupo trabalho enorme. Nesse sentido, não tendo dinheiro para
doar, debrucei-me na tradução.

Na minha opinião, os formadores QGIS, têm de estar ligados ao projecto,
seja pela tradução, criação e/ou partilha de nova documentação, relatos de
erros, correcção de erros, programar novas funcionalidades, ou então doarem
uma percentagem do seu lucro da formação ao projecto. Não é por falta de
actividades que podem afirmar que não podem ajudar. Se nada disso se
verificar, quanto a mim não são formadores QGIS, são formadores que
"exploraram" o trabalho dos outros de uma forma menos bonita.

Cumprimentos.
João


No dia 12 de Abril de 2014 às 16:33, Alexandre Neto
<senhor.neto  gmail.com>escreveu:

> Boa tarde,
>
> Peço desculpa pelo texto longo, mas fui-me entusiasmando...
>
> Sem querer fazer juízos de valor, penso que formadores dizem esse tipo de
> coisas só podem ser pessoas que, embora dêem formação em QGIS, estão
> totalmente desligadas do projecto em si. Pessoas que falam em "nós" (que
> estamos na formação)  e "eles" (que produzem o
> software\documentação\traduções).
>
> No entanto, acho que os formadores têm um papel fulcral neste projecto.
> Quando se assiste a centenas de pessoas a experimentar pela primeira vez o
> QGIS (ou determinada funcionalidade do mesmo) recebe-se certamente muito
> feedback em relação à experiência de utilização (UX), encontram-se vários
> bugs no programa e incongruências na tradução. Para o projecto QGIS, esse
> tipo de informações é essencial para a constante melhoria do mesmo. São
> também muitas vezes o rosto do projecto, e cabe-lhes a eles "vendê-lo".
>
> Assim, acho importante os formadores se envolverem no projecto reportando
> toda essa informação através de bug reports[0], quer através das listas
> email [1]. Também era bom ter a ajuda de pessoas com essas qualidades (ser
> formador requer capacidades próprias) na ajuda a criar ou traduzir dos
> manuais de utilizador e manuais de treino, ou até mesmo divulgar os seus
> próprios manuais à restante comunidade.
>
> E não são só os formadores que têm essa obrigação, temo-la todos. Trata-se
> de cultivar uma certa cultura "Open Source Citizen", onde todos temos
> direitos e todos temos deveres. Mas sejamos claros, ninguém trabalha por
> puro altruísmo, trabalhamos porque sabemos que quanto mais saudável o
> projecto estiver, mais benefícios tiramos dele. Em troca de um pouco do meu
> trabalho, recebo em troca o trabalho de todos os outros! Aconselho-vos a
> ouvirem esta apresentação do Paul Ramsey [2] que tive a oportunidade de
> assistir em Nottingham. Fica tudo preto no branco.
>
> Mas se ficarmos de fora, só a absorver e a criticar o trabalho de outrem,
> então é bem possível que o projecto se desenvolva mais rápido do que
> conseguimos acompanhar, em direcções que não nos nos trazem mais valias e
> que quando procuramos ajuda da comunidade não tenhamos grande receptividade.
>
> Cumprimentos,
>
> Alexandre Neto
> [0] https://hub.qgis.org/projects/quantum-gis/issues
> [1] http://osgeo-org.1560.x6.nabble.com/Quantum-GIS-f4099105.html
> [2] http://blog.cleverelephant.ca/2013/10/being-open-source-citizen.html
>
>
> 2014-04-12 10:38 GMT+01:00 "António M. Rodrigues" <amrodrigues  fcsh.unl.pt
> >:
>
>  Olá.
>>
>> Quem dá formação, por vezes, é tentado a esconder certas capacidades
>> pessoais "que não funcionam devidamente" passando essa incapacidade para o
>> software. Pior é quando dizem "epa, sabem, isto é software livre, não é tão
>> estável", o que sendo incorrecto, induz nos formandos uma ideia
>> completamente errada.
>>
>> Claramente que quem tem esse tipo de postura está pouco confortável com a
>> aplicação, neste caso o QGIS. O que fazer? Afirmar o contrário, que é
>> verdade, e através da demonstração de estudos de caso, mostrar as
>> potencialidades do software.
>>
>> Para além desta atitude, temos uma que corre paralela, segundo a qual, o
>> foss é "muito complicado". Aqui julgo ser importante demonstrar que o grau
>> de complexidade aumenta com a complexidade da tarefa e que a "simplificação
>> excessiva" é contra-produtiva. Veja-se o exemplo de muitos módulos do
>> GRASS, cujo número de opções torna a sua utilização claramente mais
>> "trabalhosa" (à falta de melhor palavra).
>>
>> Bom, aproveito para dar os parabéns a quem criou esta lista e desejos de
>> vida longa para a mesma.
>>
>> Cumprimentos,
>> António
>>
>>
>> On 04/11/2014 04:57 PM, Pedro Pereira wrote:
>>
>>  Caros,
>>
>>  Que fazer a "formadores" de Qgis que dizem claramente aos formandos que
>> determinadas tarefas da aplicação não funcionam devidamente....
>>
>>  Cumprimentos,
>> Pedro Pereira
>>
>>
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