[QGIS-pt] 1as Jornadas Lusófonas CTIG 2014 - Coimbra - 11 a 13 Setembro 2014

Ricardo Pinho ricardodepinho gmail.com
Terça-Feira, 23 de Setembro de 2014 - 17:25:30 PDT


Obrigado Pedro, pela opinião.

Devo desde já esclarecer que todo o mérito do trabalho deve ser atribuído
ao Prof. Dr. JOSÉ GOMES e aos alunos:
Joaquim PATRIARCA, Sara CANILHO, João André SACRAMENTO, Ricardo CORREIA,
António Padez CASTRO,Sara SANTOS. Eu apenas dei uma pequena ajuda e "apoio
moral"! ;-)

É verdade que o trabalho poderia e merecia ser muito mais profundo.
Mas, e contra mim falo, eles tiveram a coragem de mesmo sabendo que não
conseguiam fazer um trabalho perfeito, foram em frente e fizeram ALGUMA
COISA, em vez de não fazer nada!

E já agora deixo no ar a pergunta:" Quem deveria fazer este tipo de
estudo?"
e arriscaria uma resposta: O Governo? A DGT? A AMA? A ANMP? Os Municípios?
a OSGEO-PT?

Uma coisa é certa, os alunos foram os que mais ficaram a ganhar, pelo
envolvimento e empenho que tiveram. De certeza que esta experiencia e a
participação nas Jornadas, deixaram marcas na sua aprendizagem e perceberam
um pouco melhor o que é software livre. Sem ilusões e fantasias, mas
compreendendo as suas vantagens e dificuldades.

Quanto aos maus habitos dos funcionários publicos (eu tambem sou um!) é bom
que comecem a livrar-se deles, por respeito ao povo portugues, que depois
vai pagar a factura (com pobreza, desemprego e emigração) desse tipo de
despesismos exarcebados. Hoje já ninguem tolera mais isso!

E mesmo sendo muito discutiveis os resultados do estudo, eles serviram para
mais uma vez se falar sobre este assunto do software e ficarmos atentos,
porque apesar da crise, parece que o software livre não tem vingado muito
em Portugal, pelo contrário!!!

Deixo aqui algumas notas do testemunho de alguem que acredita na causa e
tenta dar o seu contributo:
http://www.rtp.pt/play/p401/e166277/cientifica-mente
http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/estado_gastou_24_m_em_software_de_informacao_1407609.html
http://www.revistainvest.pt/pt/Estudo-revela-que-Estado-pode-poupar-milhoes-com-software-livre/A598

E para terminar, se me perguntassem o que acho que deveria ser feito para
travar esta situação. Muito simples!
AVALIAÇÂO DO RETORNO DO INVESTIMENTO DAS DESPESAS FEITAS (NO PASSADO E
PRESENTE) EM SIG POR ESSE PAÍS. (espero que o tribunal de contas me esteja
a ouvir)

Ir caso a caso ver quanto se gastou e o que se obteve. Valeu a pena? Não
valeu? Relatar!
Só assim se garantirá que no futuro se tenha mais cuidado e se evite
repetições escandalosas.
Porque esta má fama, é prejudicial a todos nós que trabalhamos nesta área e
cabe a nós defender a nossa honra e ética profissional.

Cumprimentos,
RP


No dia 24 de Setembro de 2014 às 00:37, Pedro Pereira <pedromap  gmail.com>
escreveu:

> Boas,
>
> Achei muito interessante esta iniciativa do Ricardo Pinho (e dos restantes
> elementos do grupo), principalmente pq nos encontramos numa fase em que
> diversas Associações de Municípios e/ou Municípios com eventuais contratos
> de manutenção caducados ou em vias de renovação e que dadas as
> circunstâncias ponderam desistir do habitual SOFTWARE PROPRIETÁRIO, começam
> a reflectir sobre o que fazer e para tal investigam sobre a experiência de
> outros.....
>
> Um estudo como este, tv mais completo, tal como diz o André (incluindo
> custos), aliado a isso a partilha de experiência de elementos de autarquias
> (identificação de casos de sucesso) e de outros utilizadores de OS, poderá
> ser  uma mais valia para aquilo que estamos aqui a defender (neste caso o
> QGIS e o OS em geral)
>
> Relativamente ao QGIS, eu como funcionário de uma autarquia, da
> experiência que tenho de outros colegas de outras câmara e/ou assoc de
> município é a do medo de desistir do SOFT PROP 10.2 e avançar para o QGIS
> por falta de confiança no seu funcionamento pleno.... existe o receio
> daquela velha frase, "O barato sai caro". Aliado a isso temos a influência
> que a empresa do SOFT 10 faz junto dos utilizadores com o seu encontro
> anual, com um marketing brutal.....
>
> Já que as políticas neste país não incentivam definitivamente o uso do OS,
> direccionando as verbas das anteriores licenças para o apoio ao
> desenvolvimento do OS ou desenvolvimento de apps baseadas em OS, resta-nos
> a nós PROMOVER O SEU USO e provar e/ou demonstrar que realmente
> funciona.....
>
> Atualmente o QGIS tem um suporte, quase que diria mais eficiente que o
> SOFT 10, graças ao esforço de alguns elementos da lista, que não vale a
> pena enunciar (a eles obrigado pelo esforço). Caso os potenciais
> utilizadores do QGIS tivessem conhecimento disso, certamente o nº de
> utilizadores iria aumentar.
>
> Tal como diz o André, era interessante um trabaho profundo sobre isto,
> certamente não seria trabalho para um aluno.....
>
> Cumprimentos,
> Pedro
>
>
> 2014-09-24 0:09 GMT+01:00 Alexandre Neto <senhor.neto  gmail.com>:
>
>> Boa noite,
>>
>> Já dei uma leitura "pela rama" ao artigo. E tenho de concordar com o
>> Ricardo quando diz que testar o software e compará-lo também é uma forma de
>> contribuir. Agora, creio que comparar o desempenho de um software baseado
>> em apenas no desempenho de 2 ferramentas, é um bocado limitador para depois
>> se tirar conclusões válidas, e nisso acho que o artigo peca bastante. Sei
>> que era só um exemplo, mas até que ponto as entidades públicas dependem do
>> desempenho do Clip e em que aspecto poderá isso influenciar a decisão de
>> optar ou não pelo OS?
>>
>> Também achei estranho a permissa de que não seriam usadas ferramentas
>> "externas" e plugins. O qgis depende em muito de plugins que mais do que
>> contribuições isoladas da comunidade respondem a necessidades específicas
>> de conjuntos de utilizadores, mas que estão bastante acessíveis. Vejo isso
>> como uma vantagem, uma vez que o utilizador apenas instala os plugins que
>> necessita, ao contrário do ArcGIS em que tens centenas de ferramentas
>> instaladas que a maioria dos utilizadores nunca vão usar mas depois para
>> fazer uma operação tão simples como uma diferença (Erase no arcgis) é
>> necessário ter a  versão mais cara.
>>
>> Não sei se está pensado uma continuação deste estudo, mas seria
>> interessante uma comparação do software de uma forma mais robusta,
>> incluindo, para além do desempenho, a disponibilidade de ferramentas, a
>> facilidade de utilização ou user experience.
>>
>> Para isso imagino definir umas quantas tarefas comuns a praticamente toda
>> a gente necessita num SIG Desktop (e.g. adição, visualização e simbologia
>> de dados geográficos de diferentes formatos; edição de dados vectoriais
>> tanto as geometrias como os atributos; análise espacial (um processo como a
>> definição da CRIF que implica diversos passos), algebra de mapas,
>> preparação de layouts e impressão). Depois, para cada uma das tarefas
>> averiguar o desempenho, a possibilidade ou não de desempenhar a tarefa e a
>> facilidade de o fazer (medindo por exemplo o número de passos ou cliques
>> necessários).
>>
>> Depois então completar com a avaliação de custos. Que deveriam incluir o
>> preço do software, da manutenção e da formação.
>>
>> Obviamente cada entidade precisaria de fazer os seu próprio estudo
>> baseado nas suas necessidades específicas, mas serviria para provar (ou
>> não) se o software open source tem ou não capacidade para resolver grande
>> parte das necessidades e com que consequências.
>>
>> Será que algum aluno que fazer tese de mestrado sobre este assunto?
>>
>> Cumprimentos,
>>
>> Alexandre Neto
>>
>>
>> 2014-09-23 22:21 GMT+01:00 Pedro Venâncio <pedrongvenancio  gmail.com>:
>>
>>> Olá Ricardo,
>>>
>>> Deve haver algum engano na TAREFA A (Recorte do raster (CRIF) com base
>>> no limite administrativo do distrito de Coimbra)
>>>
>>> 2) QGIS (Algoritmo desenvolvido em Python):
>>> Menu Vector > Ferramentas de geoprocessamento > Cortar > Configurar e
>>> executar
>>>
>>> Esta ferramenta do QGIS serve para fazer o recorte de vectores, que no
>>> fundo foi o que fizeram na TAREFA B.
>>>
>>> Qual foi a ferramenta que realmente usaram?
>>>
>>> Não é novidade que as ferramentas do menu Vector do QGIS têm problemas
>>> de performance. Como sabes, estas ferramentas pertenciam originalmente a um
>>> plugin denominado fTools, desenvolvido em Python. Creio que entretanto já
>>> foi feito o port para c++, mas não sei se foi de todas as ferramentas. Sei
>>> que estas ferramentas foram bastante refinadas numa versão empresarial do
>>> QGIS, mantida pela Sourcepole, mas ainda não foi feito o backport dessas
>>> melhorias para o QGIS master. Talvez o developer meeting que se
>>> avizinha traga novidades nessa matéria.
>>>
>>> Contudo, eu diria que o QGIS tem, neste momento, 3 ou 4 vias
>>> alternativas para cada uma das operações "básicas" de geoprocessamento, o
>>> que dá uma grande flexibilidade aos utilizadores. Concretamente para o
>>> recorte de rasters, tendo vectores como base, estou a ver:
>>>  - Clip raster by mask (usa o GDAL);
>>>  - Clip Grid with Polygon (usa as ferramentas do SAGA)
>>>  - Diversas formas através das ferramentas do GRASS (r.mask, r.resample,
>>> r.mapcalc)
>>>
>>> Eu pessoalmente costumo usar o Clip Grid with Polygon, que é bastante
>>> rápido. Mas não consigo descarregar os dados que vocês usaram, para testar.
>>>
>>>
>>> Abraço,
>>> Pedro Venâncio
>>>
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> Pedro Pereira
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